Quinta, 02 de outubro de 2025
De acordo com informações, tanto o Itamaraty quanto o Palácio do Planalto consideram que limitar as conversas apenas às tarifas comerciais seria insuficiente. A orientação é incluir também a discussão sobre a aplicação da Lei Magnitsky e a suspensão de vistos que afetaram integrantes do Executivo e do Judiciário nacional.
O diálogo direto entre Lula e Trump ainda está em fase preliminar. A expectativa é que os dois líderes tenham um primeiro contato por telefone ou videoconferência nesta semana, enquanto uma reunião presencial ficaria para uma etapa posterior.
O Planalto tenta evitar que Lula seja submetido a constrangimentos semelhantes aos enfrentados por outros líderes, como Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, Cyril Ramaphosa, da África do Sul, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia. Por isso, assessores sugerem que o encontro não ocorra na Casa Branca, mas em um ambiente considerado mais reservado, como Mar-a-Lago, residência de Trump em Palm Beach, na Flórida.
Apesar das tratativas, a chance de sucesso na reversão das sanções é vista como mínima. Aliados de Trump enxergam no Brasil um cenário de “caça às bruxas” contra a direita, especialmente em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além disso, integrantes da equipe republicana sustentam que determinadas decisões do STF têm restringido a liberdade de expressão de cidadãos e até de empresas de tecnologia norte-americanas.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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