Sexta, 03 de outubro de 2025
A detenção ocorreu durante o período da manhã, mas no início da tarde do mesmo dia ele foi liberado.
Tagliaferro disse que já esperava por isso e que tudo foi conduzido com calma e tranquilidade.
“Na verdade, foi o rito correto, feito na Itália e não o rito mágico do Alexandre de Moraes”, disse Tagliaferro.
Segundo ele, nem os policiais sabiam ao certo o que estava acontecendo.
“Os oficiais chegaram até a me pesquisar na internet para entender o que estava acontecendo, porque aqui na Itália ninguém sabe de nada. Então, me verificaram online. Em certo ponto até enalteceram a minha pessoa dentro da unidade policial”.
Ele prosseguiu relatando o episódio:
“Foram cordiais. Entramos na viatura, fomos conversando, batendo-papo. Disseram apenas que havia algo vindo do Brasil, mas também não sabiam exatamente do que se tratava. Explicaram que era o cumprimento de uma decisão da Corte e que eu voltaria para casa. Fui tratado muito melhor do que em diversos lugares no Brasil”.
O ex-assessor de Moraes também destacou que não teve receio em entregar aos oficiais seus dois passaportes, o brasileiro e o italiano, afirmando estar agindo de “boa-fé, sem ter o que esconder e sem estar fazendo nada de errado”.
Em outro trecho da entrevista, Eduardo Tagliaferro afirmou que o comprimento das medidas cautelares, como a obrigação de informar sua localização, manter os dados atualizados e entregar documentos, não vai interfer em sua rotina.
“Isso não tem nenhum impacto. Eu continuo denunciando. Já enviei tudo o que precisava, inclusive para os Estados Unidos. Ainda está sob sigilo, então não posso dizer para quem ou quando isso foi feito. Mas sigo lembrando ao ministro Moraes e ao povo brasileiro que existem mais coisas. Para mim, não muda nada. Onde estou, tenho tudo de que preciso”.
Por fim, mandou o seu mais contundente recado para o ministro Alexandre de Moraes:
“Nem me matando o ministro Moraes vai conseguir me parar”.
Segundo ele, outras pessoas possuem cópias dos documentos como forma de proteção, caso algo aconteça com sua integridade física.
Tagliaferro alegou ainda que Moraes teria tentado incluí-lo na lista vermelha da Interpol, mas não obteve sucesso.
“Não estou na Interpol. A informação que recebi é de que houve uma tentativa, de forma extrajudicial, de me incluir no alerta vermelho, mas a Interpol negou esse pedido”.
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