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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Em modo desespero, ministro de Lula procura ministros do STF para tentar barrar programa de regularização de terras de Tarcísio

Quinta, 02 de outubro de 2025




Além de Dino, o ministro já se encontrou com Gilmar Mendes, decano da Corte, acompanhado por deputados da bancada do PT paulista. Teixeira também solicitou audiências com a ministra Cármen Lúcia, relatora da ADI, e com Alexandre de Moraes.

O programa contestado permite descontos de até 90% para fazendeiros que ocupam terras do Estado. A iniciativa foi implementada em 2023, durante a gestão de Tarcísio de Freitas, após sua criação no fim de 2022.

Em 2023, quando o julgamento estava prestes a ocorrer, Tarcísio se reuniu com diversos ministros do STF. Logo depois, a ministra Cármen Lúcia retirou o caso da pauta.

Guilherme Piai, secretário estadual da Agricultura, incentivou a aplicação da legislação paulista "antes que a lei caísse" no STF. O julgamento chegou a ser marcado para novembro de 2023, mas foi posteriormente suspenso.

Integrantes do PT temem que o caso perca objeto se não for julgado logo, pois os imóveis continuam sendo regularizados pelo governo paulista.

A Alesp aprovou em agosto um novo projeto de lei da gestão Tarcísio que pode conceder descontos superiores a R$ 7 bilhões na entrega de terras devolutas a fazendeiros. O governo paulista projeta arrecadar R$ 1,92 bilhão com a regularização de 720 mil hectares até 2026, segundo dados do Itesp.

A área total prevista equivale a cinco vezes o tamanho da capital paulista. Projeção elaborada pela liderança do PT na Alesp, baseada em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, indica que o desconto total pode alcançar R$ 7,6 bilhões se o governo cumprir sua meta.

O governo Tarcísio defende a iniciativa como a maior "regularização fundiária da história do estado". Em nota oficial, a administração estadual afirmou: "De 2023 a 2025, foram regularizadas mais de 4.500 propriedades rurais, chegando à marca de mais de 50% dos assentamentos rurais regularizados."

Segundo o governo paulista, a proposta visa "modernizar e avançar na entrega de títulos rurais, levando dignidade e segurança jurídica para os produtores rurais de São Paulo, bem como garantindo o cumprimento da função social da propriedade, inclusive no aspecto ambiental". A administração diz que a iniciativa se baseia em análises técnicas do Itesp e da Procuradoria-Geral do Estado.

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