Segunda, 31 de Maio de 2021
Em Zagreb, a capital croata, os manifestantes com bandeiras do país entoavam canções patrióticas e empunhavam faixas com dizeres como “Unborn Lives Matter, Too” (vidas que ainda não nasceram também importam).
“É nosso dever defender a proteção de toda a vida humana, incluindo a de crianças em gestação”, disse Luka Hudincec, um dos organizadores do protesto.
Grupos de esquerda e feministas apareceram, inesperadamente, na manifestação e protestaram nas calçadas, vestindo aventais manchados de sangue e carregando cabides em alusão a supostos abortos ilegais.
A edição deste ano foi muito esperada porque Zagreb está nas vésperas de eleições locais e o candidato favorito é da esquerda. O concorrente conservador segue em segundo lugar nas pesquisas.
“Esperamos que os políticos que nos representam a nível local e nacional respeitem o direito humano mais fundamental: o direito de viver”, disse Stjepan, outro organizador do evento.
Na Croácia, onde a maioria é católica (90%), o aborto é legal até a décima semana de gravidez, desde 1978, quando o país fazia parte da Iugoslávia comunista. Mas, a lei permite que os médicos recusem realizar o aborto e, de fato, 60% deles exercem esse direito.
Em 2017, porém, o Tribunal Constitucional (uma espécie de Supremo Tribunal Federal) alegou que a lei estava “desatualizada” e ordenou que o parlamento preparasse uma nova legislação sobre o aborto. O receio dos que são contra o procedimento é que se enrijeça as restrições entre os defensores da vida e profissionais da área de saúde que não desejam realizar o aborto.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário