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domingo, 15 de março de 2020

Polícia e MP acreditam que Ronnie Lessa agiu sozinho e por ódio ao matar Marielle e Anderson

Domingo, 15 de Março de 2020

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À espera do julgamento da federalização do caso Marielle Franco, marcado para o próximo dia 31 no Superior Tribunal de Justiça (STJ), os responsáveis pela investigação evitam comentar a tese, que ganha corpo entre eles, sobre a motivação do crime. Sem abandonar outras linhas de apuração, policiais e promotores acreditam cada vez mais que o assassinato da vereadora do PSOL e do motorista Anderson Gomes, que completa dois anos hoje, foi obra de um “lobo solitário” — nesse caso, o ex-sargento da PM Ronnie Lessa. Preso desde março de 2019, o suspeito de executar o homicídio também seria o autor intelectual da ação, movida apenas por ódio.

Expressão surgida na esteira dos ataques terroristas do Estado Islâmico a países ocidentais, “lobo solitário” é o criminoso que prepara e executa ações violentas à margem de qualquer estrutura de comando, embora possa ser influenciado por ideologia ou crença extremista. Uma das principais linhas de investigação sobre o planejamento do crime aponta esse perfil em Lessa. A suspeita é alimentada pela série de pesquisas que o ex-PM fez no Google, onde procurava informações sobre ativistas de esquerda focados na defesa dos direitos humanos, especialmente Marielle e o deputado federal Marcelo Freixo, também do PSOL.

A quebra de sigilo dos dados obtidos na internet por Lessa e Élcio de Queiroz, que foi expulso da PM e é acusado de dirigir o carro usado no crime, ocorreu a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. O juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal de Júri, onde tramita o processo sobre o duplo homicídio, autorizou o acesso às informações dos suspeitos.

A investigação continua, mas agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e promotores do Gaeco terão de enfrentar, no STJ, as dúvidas sobre a capacidade de chegarem à autoria intelectual do assassinato de Marielle e Anderson. No ano passado, ao ajuizar o pedido de federalização do caso, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, alegou que a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio não conseguiram descobrir a motivação do duplo homicídio. Ela destacou que um “eventual fracasso da persecução criminal do mandante importaria a responsabilização internacional do Estado brasileiro”.

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O GLOBO

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