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sábado, 16 de novembro de 2019

CRISE NO DEOCLÉCIO: Ingerência da SESAP politraumatiza a saúde pública no RN


Foto: Divulgação/ALRN
Um problema, um hiato, um perigo. É bem nessa sequência que a crise vem se agravando a cada dia, com a instabilidade nos procedimentos cirúrgicos-ortopédicos no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim. Enquanto a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP) não soluciona os impasses, são os pacientes de baixa renda, como sempre, os mais prejudicados.
O problema teve início, após a SESAP ter permitido que o contrato com a Coopmed-RN vencesse, no último dia 31, sem antecipar uma solução para a crise, principalmente no hospital Deoclécio Marques, onde são realizadas cerca de 6 mil atendimentos por ano, além de 2,5 mil atendimentos ambulatoriais mensais.
A partir daí, discutiu-se modelos de contratação, somente após o vencimento do contrato, o que deveria por óbvio ter sido feito antes. Diante do caos anunciado, a SESAP informou que fará uma licitação, embora tardia. A pergunta, em questão é: E até a licitação sair, o que pode acontecer? Sem resposta, criou-se o que a SESAP está chamando de “hiato”.
PLANO 1
Para o Deoclécio Marques não fechar, o Walfredo Gurgel “emprestou” 50 plantões para serem usados pela Coopmed-RN até uma solução surgir. Mesmo que esses plantões não cobrissem os 15 dias pedidos pela SESAP, os médicos coopmerados aceitaram receber menos, já que 50 plantões não cobrem nem metade da remuneração desses 15 dias.
PLANO 2
Findado o prazo, a COOPMED percebeu que não havia tratativas para uma solução até o licitatório e começou a indagar a SESAP por uma resposta. A ‘solução’ do Governo, então, foi retirar parte da equipe do Walfredo para ‘cobrir’ o Deoclécio. O problema é que o maior hospital público do estado está superlotado: “Na véspera do feriado do dia 15, já estamos com 80 pacientes nos corredores, 22 pacientes no centro cirúrgico e todas as UTIs ocupadas. Os demais hospitais públicos e privados conveniados ao SUS não suprimem a demanda de cirurgias ortopédicas. Teremos, em breve, várias macas presas e não temos o que fazer. Está um caos”, alertou a diretora do Walfredo, Fátima Pinheiro.
PLANO 3
Outra medida penada pela SESAP foi usar os prestadores (hospitais privados) para atender a demanda do Deoclécio Marques. Contudo, esses prestadores estariam acima do limite do teto orçamentário para 2019 e o único que não está, tem suas agendas lotadas, sugerindo que a população carente seja atendida apenas durante a madrugada. “Nesse momento, ainda não conseguimos autorização para fazer nenhum procedimento diferente. O contrato, realmente, não tem como ser prorrogado. Não depende de uma solução simples, pois tudo a ver com processo indenizatório depende hoje de uma burocracia bem maior que no passado. Não tenho como dar uma resposta positiva no momento”, disse o secretário-adjunto da SESAP, Petrônio Spinelli.
DESCALABRO
Em resposta, o diretor da Coopmed-RN Victor Vinicius lamentou a lentidão nos trâmites do governo e alertou: “Petrônio, a situação está se agravando. A quantidade de pacientes no Walfredo está crescendo, o Deoclécio precisa funcionar e a cooperativa tem seu papel social. Portanto, vamos deixar o médico trabalhando, mesmo sem receber, comprar os insumos e resolver esse problema na ortopedia. Agora, queremos que vocês sentem à mesa e resolvam. Aqui não se trata de dinheiro, nem vaidade pessoal de ninguém. Os pacientes estão sendo prejudicados e vamos passar o final de semana sem resposta. O Deoclécio não pode continuar nessa situação, porque algumas pessoas se acham no direito de fechar o hospital. Espero que o governo nos dê uma resposta, como também para a sociedade”, afirmou.
OPINIÃO DOS LEITORES:
  1. TEREZA
    Votem no “gopi” em 2022, Ela está em viagem de turismo pela Europa por 19 dias e rindo dos imbecis que a elegeram. Votem no “gopi” em 2022. Aprenderão pela dor.
  2. Pedro
    E absurda a quantidade de pacientes, que estavam internados aguardando cirurgia e foram liberados sem operar. Inúmeros ficarão sequelas pela incompetência e insensibilidade desse desgoverno. O MPE deve estar atento, como Dra. Iara sempre foi, a esse descalabro e descaso com a saúde do estado. Em um momento em que a diretora do maior hospital do estado tem a público se pronunciar, a SESAP se cala. A Governadora, com certeza, se sentir uma dor na unha, corre para o Albert Einstein , ou sírio libanes; e agora quinze dias chamando na Europa, certamente as custas do estado, que mantém três folhas salariais de seus funcionários, aposentados e pensionistas a ver estrelas. Como já afirmei anteriormente em outro post, me parece que ela não gosta da área de saúde, e nesse não gostar, inclui toda a sua equipe que está a frente da pasta. Melhor seria fechar a sede, pois os serviços estão a míngua, essa semana um vereador de João Câmara disse que havia uma casa noturna em Natal, mais organizada que o governo. Na sua cidade faltou solução anestésica para fazer uma sutura no nariz de um menor. Verdadeiramente um tristeza, e o vice, papagaio de pirata, com cara de palhaço, pois só faz sorrir, que Deus tenha piedade de nós.
  3. Almir Dionísio
    A situação é complicada pq tudo é muito lento, muitas reuniões, muitas discussões e pouca ação, tudo passa pela universidade,
    é a forma da gestão.
    termina engessando tudo.
    Os bons profissionais são escanteados e muita gente sem noção de saúde pública e gestão.
    É o caos.
  4. Lucia
    Quando a prefeitura de Parnamirim vai chamar os concursados que pagaram inscrição, gastaram pm deslocamento e estudo para fazer a prova, foram aprovados e depius de homologados os resultados, ainda não chamou ninguém?
    Que palhaçada é essa?
    Alô Ministério Público, os serviços de saúde de Parnamirim estão cheios de comissionados e a Prefeitura segurando pra chamar os concursados aprovados.
    SOOOCCCOOOORRRROOOO!

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