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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Cunha nega influência sobre Caixa e atribui nomeação a Temer

Quinta, 18 de Janeiro de 2018

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Em nota escrita no complexo penal onde está preso, no Paraná, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) negou que tenha exercido influência sobre a cúpula da Caixa e afirmou que a nomeação de um dos dirigentes afastados do banco coube ao presidente Michel Temer.

Acusado de pressionar Antônio Carlos Ferreira, que até esta terça-feira (16) comandava a área Corporativa do banco, Cunha declarou no texto que não tem “relação”, “influência” ou “qualquer relação pessoal” com os quatro vice-presidentes afastados por suspeitas de irregularidades.

O ex-deputado afirmou que Ferreira foi indicado para a vice-presidência Corporativa da Caixa em 2014 “pela então deputada e hoje senadora Rose de Freitas [MDB-ES] diretamente ao então vice-presidente Michel Temer” quando Cunha era líder do PMDB na Câmara.

“Coube a Michel Temer a sua nomeação à época atendendo à hoje senadora”, declarou o ex-parlamentar, acrescentando que Ferreira foi indicado para substituir Geddel Vieira Lima no cargo.

Cunha afirmou que esteve com Ferreira apenas duas vezes após sua nomeação para o cargo no comando da Caixa. O ex-deputado diz que o então vice-presidente o procurou “para se pôr à disposição da bancada por orientação de Rose de Freitas”.

Ferreira disse em auditoria interna da Caixa que Cunha cobrava dele informações semanais sobre operações do banco superiores a R$ 50 milhões e que procurou Michel Temer para reclamar da pressão do ex-deputado. Segundo o depoimento, Temer afirmou que Ferreira deveria continuar trabalhando e que nada aconteceria com sua posição no banco.

Cunha afirmou que as declarações de Ferreira são falsas e que Temer “jamais relatou qualquer queixa dele”. “Se não tive qualquer influência na sua nomeação, qual a razão de ele depender de mim para permanecer?”, questionou, na nota.

O Palácio do Planalto declarou que “as nomeações da Caixa Econômica Federal, no referido período, não eram de responsabilidade do então vice-presidente, que não tinha essa atribuição. Ele apenas encaminhou a indicação à Secretaria de Relações Institucionais do governo passado”.

A senadora Rose de Freitas informou que a indicação foi feita em nome da bancada do Espírito Santo, que ela coordenava à época. A parlamentar afirmou ainda que Ferreira era superintendente da Caixa em seu Estado havia nove anos.

Em nota, Antônio Carlos Ferreira disse que é servidor efetivo da Caixa, à qual tem prestado serviços “com ética e dedicação” há 35 anos. Ele afirmou que enfrentou com “veemência” as “absurdas exigências” de Cunha assim que foi nomeado.


Folhapress/ Blog do BG

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