martins em pauta

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

MARMELADA VERGONHOSA: PMDB trocou deputado que rejeitaria as conclusões do relatório do PT na CPI

Sexta, 23 de outubro de 2015


Em constante litígio na Câmara, PT e PMDB uniram-se na reta final da CPI da Petrobras. Juntaram-se para aprovar o relatório final do petista Luiz Sérgio (RJ), que blindou congressistas e se absteve de citar autoridades dos governos Lula e Dilma.

O deputado Carlos Marum (PMDB-MS) informou que votaria contra o texto do relator. Sem alarde, foi convidado a se retirar da comissão pelo líder da bancada peemedebista, Leonardo Picciani (RJ). No lugar de Marum, votou Édio Lopes (PMDB-RR), primeiro suplente na CPI —a favor do texto de Luiz Sérgio.

Marum chegou a comparecer à sessão da CPI. Sugeriu a adoção de um texto alternativo. Nele, estava escrito que o que houve na Petrobras foi “corrupção sistêmica”. Algo que o relator não admitia. De resto, Marum sugeria providências negligenciadas pelo petista Luiz Sérgio.

Numa, propunha que a CPI anotasse em seu relatório final os nomes de todos os políticos mencionados em condições suspeitas por depoentes ouvidos na comissão. Noutra, sugeria a inclusão no texto da proposta de revogação imediata do decreto que instituiu o atual modelo de licitações da Petrobras, cuja flexibilidade tornou-se, no dizer de Marum, “um convite à formação de cartel”.

Por que o líder do PMDB lhe pediu que se retirasse da CPI?, perguntou o blog a Marum. E ele: “O Picciani me disse que a rejeição do texto do Luiz Sérgio poderia abrir caminho para a aprovação do relatório do PSDB, que era muito radical.” O repórter estranhou, já que o texto do relator prevaleceu com folga: 17 votos a 9. “Creio que eles não tinham a perspectiva de um placar tão elástico.”

O relatório paralelo do PSDB, que o líder Picciani tachou de “radical”, pedia o aprofundamento das investigações em relação a Dilma, Lula e ao ministro Edinho silva (Comunicação Social). Solicitava à Procuradoria a abertura de novos inquéritos contra os ex-ministros Antonio Palocci, José Dirceu, Guido Mantega, Gilberto Carvalho e Ideli Salvatti.

De resto, o tucanato pregava a apuração do envolvimento de 49 políticos citados na Lava Jato. A lista do PSDB inclui quase todos os parlamentares que respondem a inquéritos no STF, entre eles o já denunciado Eduardo Cunha. Excluíram-se os nomes dos senadores tucanos Abtonio Anastasia (MG), cujo processo foi arquivado a pedido da Procuradoria; e Aloysio Nunes Ferreira (SP), que é processado por suspeita de caixa dois, não relacionado com a Lava Jato.

JOSIAS DE SOUZA



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