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quinta-feira, 27 de março de 2014

ITEP para de recolher corpos e delegacias são fechadas durante protesto no RN



Sinpol
Polícia Civil e Itep cobram cumprimento de acordo por parte do Governo do Estado
Os policiais civis e servidores do Instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP/RN) decidiram radicalizar no final da tarde de ontem e fechar também as delegacias de plantão na zona sul e norte de Natal e também parar o serviço de recolhimento de cadáveres. A categoria decidiu fazer uma paralisação de 48 horas, que inicialmente manteria os serviços essenciais, porém, decidiram endurecer o movimento.
Após deliberaram a paralisação total, os policiais se dirigiram até a sede das duas delegacias de plantão e também ao Itep. Os policiais e servidores ficaram nos prédios orientando que os colegas não pratiquem nenhum tipo de atividade, como registros de boletins de ocorrências ou flagrantes.
Na manhã de ontem, a categoria havia decidido paralisar as atividades por 48 horas como forma de protesto pelo não cumprimento de acordos firmados com o Governo do Estado. A manhã de ontem, 26, foi de fortalecimento do protesto com a paralisação dos servidores do Itep e policiais civis. As categorias pararam os serviços nas sedes do órgão em Natal e Mossoró. Nos dois dias também ficarão funcionando somente as delegacias de plantão.
A paralisação de 48 horas teve início por volta das 8 horas de ontem, 26, com concentração na sede do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL-RN), no bairro Cidade Alta, na capital potiguar. De lá, os servidores foram para a sede do órgão, na Ribeira. A diretoria do sindicato também foi até a unidade distribuir crachás que pedem a Legalização do Itep e Estatuto Já.
Em Mossoró, a participação dos policiais e dos servidores do Itep também é considerada importante. Segundo o diretor do Sinpol local, Josivan Cosmo de Medeiros, cerca de 50% dos policiais civis aderiram à paralisação. No Itep de Mossoró a adesão dos servidores ao movimento foi estimada em 20%.
Alguns servidores se queixaram que estariam sendo constrangidos por membros da diretoria do Itep por usarem o crachá e até mesmo impedidos de entrar em suas salas de trabalho, já que estão em greve. A vice-presidente do Sinpol, Renata Pimenta, conversou com os servidores e lembrou que o direito à paralisação é instituído por lei e eles não devem se sentir acuados por possíveis ameaças por parte da direção.
Os diretores do Sinpol também fixaram cartazes no interior do Itep, mesmo diante de negativa por parte do coronel Mendes, chefe de Gabinete do Instituto, que queria impedir esse tipo de ação. "O Sindicato e os servidores estão atuando dentro da legalidade e, mais do que isso, agindo em prol da legalidade do Itep. Há 30 anos vivemos essa situação e chegou o momento do Estatuto moralizar esse órgão", destacou Renata Pimenta. Com a paralisação dos serviços no Instituto Técnico-científico de Polícia de Natal, somente está sendo feita a remoção de corpos em locais de crimes e casos de flagrantes.
Os policiais querem mais efetivo, com a nomeação e realização de novo curso de formação para os concursados ainda do ano 2009, melhorias nas condições de trabalho e reajuste salarial. Pauta que já foi negociada e não cumprida por parte do Governo do Estado, segundo informações dos dirigentes sindicais.


Fonte: Gazeta do Oeste

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