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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Para evitar furtos, moradores trancam rua com portão no Rio Grande do SulMorador abre portão instalado em rua de Porto Alegre para evitar furtos a moradores

Morador abre portão instalado em rua de Porto Alegre para evitar furtos a moradores

A sensação de insegurança fez com que um grupo de moradores agisse por iniciativa própria e fechasse parte de uma via na Zona Norte de Porto Alegre com um portão. Residentes na avenida Polar, no bairro Jardim Floresta, em um trecho que faz divisa com a pista do aeroporto Internacional Salgado Filho, construíram um grade de ferro para impedir o ingresso de pessoas estranhas ao local.

A estrutura, com cerca de 3 metros de altura e 15 de extensão, foi colocada de pé há três meses. São partes soldadas de restos de portão das casas já desabitadas. A passagem é aberta durante o dia e fechada à noite, quando um vizinho pago pelo grupo de moradores controla a liberação do acesso.

“Se algum parente de morador quiser entrar à noite, é só se identificar e pode passar”, afirmou o comerciante Wanderlei Caruso, idealizador da estrutura, proprietário de uma oficina de carros há 25 anos no local.

No trecho protegido pelo portão existem cerca de 22 terrenos, 11 de cada lado da rua, que acaba no muro do aeroporto. No entanto, apenas quatro moradores ainda vivem no local. Para a ampliação da pista do Salgado Filho, os imóveis da região estão sendo desapropriados. E é essa debandada que tem atraído bandidos.

“Eles têm entrado nas casas de dia e de noite, para roubar objetos e roupas”, disse Caruso. Os intrusos furtam, inclusive, restos das construções que estão sendo desocupadas e destruídas.

Segundo o comerciante, era raro o trânsito de patrulhas da Brigada Militar no local. Agora, depois da notoriedade de sua obra, foi prometida pela corporação de duas a três visitas ao local por noite. “Dificilmente eles vinham, era muito esporádico. Mas também antes [das desapropriações] quase não tinha roubo.”

Comandante do 11º Batalhão ad Brigada Militar, o tenente coronel Robilar Pacheco é o responsável pelo patrulhamento da região e rebate: “Já fazemos o patrulhamento ostensivo. Mas esse tipo de ação de vandalismo que ocorre no local também deve ser comunicado à polícia pelos moradores, que não registram ocorrência”.

Conforme a advogada Rosângela Castro, que há poucos dias mudou-se do local, a instalação do portão foi discutida em uma das audiências de desapropriação dos terrenos, onde estavam presentes representantes da Procuradoria do Estado e da Infraero.

“Não conseguíamos efetivo da Brigada Militar [para a proteção do local], pois as pessoas não registravam as ocorrências. Então foi combinado que a estrutura será retirada após a saída do último morador, que deve ocorrer nos próximos 45 dias. Mas nada [do discutido em audiência com a Infraero] foi feito registrado por escrito, não vimos necessidade”, afirmou Rosângela.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre afirmou por meio de sua assessoria que o que ocorre no local “não se trata de uma questão de trânsito, mas de construção irregular”. Por isso, cabe à Secretaria de Obras e Viação (Smov) a tomada de providências.

Por sua vez, a Smov explica que, pela legislação, autuaria os responsáveis pelo portão. No entanto, como é um problema de segurança pública, irá reunir nos próximos dias moradores, secretaria de Segurança e Infraero para discutir o caso, visto que é uma situação “particular e não permanente”.

Perto dali, na rua Avaré, paralela à avenida Polar, moradores contataram a Prefeitura para construir um portão semelhante, mas receberam uma negativa, devido ao trânsito do local.

Fonte Uol editado por Martins em Pauta

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