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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Nenhum diretor indicado por Lula votou para cortar taxa Selic em 2025

Quinta, 06 de novembro de 2025

Foto: Pablo Porciúncula/AFP

Nenhum dos sete diretores do Banco Central indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou pela redução da taxa básica de juros, a Selic, em 2025. Na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada nesta quarta-feira (5), o colegiado decidiu manter os juros em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva — decisão unânime entre os nove integrantes.

Desde o início do ano, o Copom se reuniu sete vezes, e em todas as ocasiões houve consenso entre os diretores para manter ou elevar o patamar da taxa. A Selic acumulou alta de 12,25% para 15% ao longo de 2025, mesmo após o governo Lula ter conquistado maioria nas cadeiras do BC em janeiro. O presidente indicou nomes como Gabriel Galípolo, Ailton Aquino, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, entre outros.

A posição firme do Copom contrasta com o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende espaço para cortes e considera os juros atuais “insustentáveis”. Haddad afirmou recentemente que, se integrasse o comitê, teria votado por reduzir a Selic. Mesmo assim, poupou críticas diretas a Galípolo, justificando que o novo presidente do BC ainda enfrenta reflexos da transição de gestão iniciada no fim de 2024.

Galípolo, por sua vez, tem defendido a manutenção da Selic elevada por um “período prolongado”, alegando necessidade de estabilidade e previsibilidade. Ele elogiou a convivência com o ex-presidente Roberto Campos Neto, classificando a troca de comando no BC como “exemplar”. Com mais duas indicações previstas para 2025, Lula completará a substituição dos diretores herdados do governo Jair Bolsonaro, consolidando a sua maioria na autoridade monetária.

Com informações do Poder 360

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