O juiz que soltou o “mula” é militante de uma escola do direito denominada “justiça restaurativa”. Segundo definição que pode ser lida no site do CNMP, a justiça restaurativa é “a busca da solução de conflitos por meio do diálogo e da negociação, com a participação ativa da vítima e do seu ofensor”
Os baderneiros do 08/01 não tiveram a sorte de encontrar um juiz restaurativo em suas audiências de custódia. O “diálogo” e a “negociação” poderiam ter substituído pesquisas nas redes sociais dos “ofensores” para decretar as suas prisões preventivas. Clezão morreu sem ter sido julgado, sua restauração fica para a outra vida.
No Brasil, você pode carregar o equivalente a duas toneladas de cocaína sem problemas. Afinal, somos um país restaurativo. É só não invadir e quebrar o gabinete da pessoa errada. Com esse não tem escuta, diálogo e, muito menos, restauração.
Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.
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