Domingo, 29 de junho de 2025
O deputado republicano Christopher H. Smith, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso dos Estados Unidos, soou um alerta nesta quarta-feira (25): o Brasil estaria à beira de uma ruptura institucional, em decorrência de graves violações de liberdades civis e perseguições políticas promovidas por autoridades brasileiras. Em carta endereçada ao secretário de Estado, senador Marco Rubio, Smith pediu medidas urgentes contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia vem na esteira de uma audiência no Congresso americano, realizada na terça-feira (24), com a participação do jornalista Paulo Figueiredo Filho. Durante seu testemunho, Figueiredo afirmou estar sendo alvo de um “mandado de prisão secreto” e denunciou assédio por parte do Estado brasileiro, mesmo residindo em solo americano.
Smith destacou em sua carta que “autoridades brasileiras usaram mecanismos da Interpol para tentar calar vozes dissidentes no exterior” e acusou o governo do Brasil de “contornar os canais diplomáticos formais para pressionar diretamente autoridades americanas”.
“O Brasil, que já foi um parceiro democrático e confiável, dá sinais de degradação institucional preocupante”, alertou o parlamentar.
Ele defende a aplicação da Lei Magnitsky – que permite sanções a indivíduos acusados de violações de direitos humanos – contra Moraes e demais agentes públicos brasileiros envolvidos em ações de perseguição política.
Segundo Smith, este não é um episódio isolado. Ele afirmou ter tratado do tema anteriormente, em audiência no dia 7 de maio, e que, em 21 de junho, enviou uma carta diretamente ao ministro Moraes solicitando esclarecimentos – sem receber qualquer resposta até o momento.
As denúncias levantam sérias preocupações sobre o estado da democracia no Brasil e reacendem o debate sobre os limites do Judiciário e o uso de instituições para fins políticos.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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