Sexta, 04 de julho de 2025
Condenada por corrupção e lavagem de dinheiro pela Justiça peruana, Nadine Heredia recebeu asilo diplomático do governo petista em abril deste ano. A ex-primeira-dama do Peru chegou a Brasília no dia 16, em um avião da FAB.
Questionado sobre os gastos dessa operação, a FAB alegou que os dados são de acesso restrito, uma vez que “são essenciais para os planos e as operações estratégicos das Forças Armadas”.
Já no início deste mês, o gabinete do Comando da Aeronáutica, liderado pelo tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, referendou que a informação está em sigilo por cinco anos.
O TCU, entretanto, decidiu abrir um procedimento de investigação sobre o sigilo dos gastos da FAB no caso de Nadine Heredia após representação da líder da minoria na Câmara, deputada federal Caroline de Toni (PL-SC).
A parlamentar argumentou que a FAB ignorou os próprios precedentes da Força, inclusive da Presidência da República, sobre gastos com traslados.
“Incorre em flagrante desvio de finalidade ao generalizar a noção de ‘custos operacionais’ como ‘dados sensíveis estratégicos’”.
Por fim, destacou que a Lei de Acesso à Informação foi descumprida.
“De início, destaca-se que o objeto da solicitação – os custos de um voo específico – trata de despesa pública já realizada, relativa à utilização de meios públicos (aeronave, combustível, pessoal) em uma missão cujo fim foi o transporte de ex-autoridade estrangeira”, escreveu a líder da minoria.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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