Segunda, 14 de abril de 2025
O advogado do ex-assessor de Bolsonaro, Ricardo Fernandes, foi contundente opinando sobre a questão:
“O ministro Alexandre Moraes vem agindo, não de agora, mas já de muito tempo, de maneira temerária, para dizer o mínimo. Ele vem agindo ao arrepio da lei, em alguns casos, como é o do Filipe. (...) a gente vai deixar claro na sessão de julgamento, de uma maneira quase que pessoal, as decisões que ele tomou com as provas que chegaram até ele”.
E disse ainda:
“O que a gente vai ser muito enfático é com a inconsistência das provas, a ausência de provas e as poucas provas às quais atribuem algum tipo de peso. Nós vamos demonstrar que essas provas sequer são capazes de fazer qualquer coisa. Ela foi inteiramente baseada na delação, em relação ao caso do Filipe. Apenas e tão somente na delação”.
Fernandes defende que Moraes, a PGR e a PF (Polícia Federal) obtenham os dados de geolocalização de Filipe Martins, tanto nas datas das supostas reuniões onde Filipe teria entregue a minuta a Bolsonaro, em 19 de novembro de 2022, e apresentado a sua versão final aos comandantes das Forças Armadas, em 7 de dezembro de 2022, tanto no período em que foi dado como fugitivo por causa de uma suposta fraude no registro de entrada dos Estados Unidos utilizando o seu nome.
Na quarta-feira (9), o magistrado negou o pedido da defesa para ter acesso à geolocalização de Filipe. Segundo a defesa, esse acesso provaria que o ex-assessor não esteve nas reuniões que trataram da minuta golpista no Palácio da Alvorada e também não tentou fugir para os Estados Unidos no fim de 2022.
“Quando o ministro Alexandre de Moraes negou agora esse nosso pedido, para nós, da defesa, nada mais é do que uma confissão de culpa de que, sim, ele e a PGR detinha esses dados e eles, dolosamente, omitiram, não colocaram no processo, e não permitem a defesa a fazer provas. Qual é o medo de fazer provas?”.
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