Sábado, 19 de abril de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou uma possível retirada do país das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, caso não haja avanços concretos nos próximos dias. A ameaça foi transmitida pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, durante encontro com autoridades europeias em Paris, realizado na última quinta-feira (17).
“Precisamos determinar muito rapidamente, e estou falando de uma questão de dias, se é ou não possível [um acordo de paz]”, afirmou Rubio, destacando que o governo norte-americano está prestes a redirecionar suas prioridades diplomáticas. “Se for, estamos dentro. Se não, então temos outras prioridades para focar também”, completou.
Desde sua campanha presidencial, Trump prometeu acabar com a guerra em menos de 24 horas. No entanto, o impasse nas tratativas tem aumentado, em parte por divergências entre Trump e os líderes envolvidos. Em fevereiro, um encontro entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, terminou em desentendimento público. No mês seguinte, Trump também criticou Vladimir Putin, presidente da Rússia, por não acelerar o processo de negociação.
A proposta americana, vista como desequilibrada por Kiev, impõe à Ucrânia a cessão de territórios atualmente ocupados pela Rússia, além de garantir direitos de exploração mineral a empresas dos Estados Unidos. A condição foi rejeitada por Zelensky, que mantém a defesa da soberania territorial ucraniana. Já a Rússia, embora não tenha recusado oficialmente o plano, parece usar o tempo a seu favor, intensificando ataques e tentando avançar militarmente.
Diante do impasse, o foco da administração Trump tem se deslocado para outras frentes de política externa, com destaque para o acirramento da guerra comercial contra a China. O governo vem intensificando medidas tarifárias e busca redirecionar sua atenção para disputas econômicas estratégicas.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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