Domingo, 29 de outubro de 2023
O Exército israelense continua bombardeando a Faixa de Gaza neste sábado, 28, depois de combates terrestres entre soldados e milicianos do movimento islamita palestino Hamas e de bombardeios noturnos de intensidade sem precedentes desde o início da guerra, que destruíram centenas de edifícios em uma noite.
No 22º dia do conflito, que provocou milhares de mortos, o território palestino de Gaza, sitiado por Israel e onde 2,4 milhões de habitantes vivem na pobreza, privados de tudo, está agora isolado do mundo devido ao corte das comunicações e de internet. A ONU (Organização das Nações Unidas) diz temer uma “avalanche de sofrimento humano” na Faixa de Gaza, onde o Exército israelense promove uma devastadora campanha de bombardeios desde 7 de outubro, em retaliação à ofensiva sem precedentes que os milicianos do Hamas lançaram em território israelense.
Ao todo, já são 9.103 mortos por causa da guerra, 1.400 em Israel e o Ministério da Saúde de Gaza atualizou, neste sábado, para 7.703 o número de pessoas morreram que na Faixa de Gaza. Segundo o ministério, mais de 3.500 crianças estão entre as mortes registradas desde o início da guerra.
Neste sábado, o porta-voz do serviço de Defesa Civil de Gaza informou que centenas de edifícios e casas foram “completamente destruídos” apenas nos bombardeios israelenses da madrugada. O Exército de Israel disse ter atingido “150 alvos subterrâneos” no norte da Faixa de Gaza, onde afirma que o Hamas conduz suas operações a partir de uma gigantesca rede de túneis. Os militares afirmam terem matado “vários terroristas do Hamas”, incluindo um dos responsáveis pela organização da ofensiva de 7 de outubro.
Durante a noite desta sexta, 27, o Hamas relatou intensos confrontos entre os seus combatentes e soldados israelenses, que atacaram Beit Hanun, no norte da Faixa, e Al Bureij, no centro. Os militares israelenses confirmaram que as suas forças haviam operado “dentro de Gaza”, tal como fizeram nas duas noites anteriores. Em resposta, o Hamas disparou foguetes contra várias cidades de Israel.
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