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domingo, 26 de junho de 2022

Internações de ciclistas por conta de acidentes crescem 201% no RN

Domingo, 26 de Junho de 2022

Foto: Prefeitura de Natal

O número de internações de ciclistas causadas por traumas em acidentes triplicou entre 2018 e 2021 no Rio Grande do Norte, de acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). As estatísticas apontam que foram 95 internações em 2018, 224 no ano seguinte, 272 internações em 2020 e 286 em 2021. O aumento é de 201% no período. No Estado, 27 óbitos foram registrados no ano passado em decorrência de acidentes com bicicletas. Os dados sobre as mortes ainda estão sob revisão. Em todo o Brasil, o total de sinistros graves com ciclistas aumentou 11% em 2021, quando comparado a 2020.

Em números absolutos foram 14.416 casos em 2020 e 16.070 no ano passado, no País. Em relação ao RN, fontes ouvidas pela TRIBUNA DO NORTE avaliam que o aumento do número de carros e bicicletas, que dividem o mesmo espaço, aliado à alta velocidade imprimida pelos veículos, bem como a falta de estrutura das cidades, contribuem para o aumento da quantidade de internações provocadas pelos acidentes.

Na capital potiguar onde, segundo estimativas da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) são realizadas, por dia, 56 mil viagens de bicicleta, o trânsito mais agressivo, com aumento de velocidade nas vias por parte dos motoristas, é a principal causa dos acidentes que acometem os ciclistas. A análise é do diretor do Departamento de Engenharia de Trânsito da STTU, Carlos Milhor.

“Com a pandemia, o uso da bicicleta aumentou bastante, porque muita gente não queria utilizar ônibus e não tinha condições de usar o carro. Outro fator é que, após a crise sanitária, nós temos um trânsito mais violento, com o aumento de velocidade nas vias. Aliás, essa é a principal causa de acidentes”, avalia Milhor.

Para o presidente da Associação de Ciclistas do RN, Fabiano Silva, a estrutura da cidade é insuficiente para atender às demandas existentes e a falta de fiscalizações nas ciclofaixas contribui para o aumento do número de sinistros. “Nós recebemos relatos diários de acidentes com ciclistas e ficamos muito aflito. A João Medeiros Filho (Estrada da Redinha), a Rota do Sol e a Via Costeira têm sido palco constante de ocorrências e os buracos nesses locais também atrapalham bastante”, afirma.

As vias estaduais dentro da cidade, segundo ele, são as que mais preocupam, porque não contam com radares nem qualquer outro tipo de fiscalização. Silva aponta que locais como a Ponte de Igapó merecem atenção, porque, por lá, passam diariamente, 500 ciclistas, o maior volume da capital.

Para Rubens Ramos, professor do Departamento de Engenharia Civil da UFRN e especialista em Transportes e Trânsito, Natal não é uma cidade segura para o ciclista. “Falta, realmente, uma infraestrutura que garanta segurança às pessoas, com uma logística integrada na cidade”, indica.

Segundo ele, as vias da capital contam com “pedaços mal cuidados” de ciclofaixas e destaca que as ações adotadas hoje na cidade significam “mais do mesmo”, porque não trazem modernidade para o sistema cicloviário. “Agora é preciso ofertar uma qualidade diferenciada para o ciclista”, define Rubens Ramos.

Tribuna do Norte

OPINIÃO DOS LEITORES

  1. Acho muito engraçado esse povinho que comenta aqui se achando muito pq está na bosta de um automóvel! Talvez por ignorância desconheça o dispositivo do Art. 29 do CNT que atribuiu maior responsabilidade do veículo maior sobre o menor…

    § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres

    Ou talvez não seja só por ignorância que pensam e agem assim, talvez por falta de ser jovial, longevo e esguio pra conseguir pedalar aí a inveja os incomoda…

    Vai entender pq tanta raiva desses idiotas com os ciclistas…

    1. Aínda prefiro o meu ônibus ou o meu Fusca, esse negócio de capacete, joelheira, roupa colada, jovialidade, longevo (maneira de negar a velhice) e esguio (empinado é?) Causa inveja é, que coisa.

  2. As vias de Natal abandonadas e as imprudências de alguns ciclistas fazem de Natal a capital dos acidentes.

  3. Natural, se acham os donos da rua. Difícil encontrar um educado, maioria tudo se achando. Pense numa turma abusada. E vai aumentar ainda mais, enquanto eles não se conscientizarem que são menores, menos protegidos, mais vulneráveis, mais irresponsáveis e que quem tá dirigindo um automóvel nem sempre consegue visualizá-los devido a inúmeros fatores.

  4. Muitos andam no meio da rua, não obedecem ao codigo de transito que diz pras bicicletas andarem o mais proximo possivel do meio fio,
    Tem uns bonitão que andam no meio da rua pra afronta mesmo, não tou falando dos velho nem dos pedrero não, esses sabem conduzir uma bicicleta, mais falo desses amostrado todo inpiriquitado e calça colada

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