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domingo, 1 de maio de 2022

As escolhas erradas de Geraldo Alckmin e suas más companhias

 Domingo, 01 de Maio de 2022




Em 2017, quando ainda era tucano, Alckmin assim falou a respeito do PT e de Lula: 

"Mas vejam a audácia dessa turma! Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, meus amigos, ele quer voltar à cena do crime". 
E agora Alckmin faz uma aliança eleitoreira com Lula, que ele classifica como criminoso em razão de ilícitos. O que ele quer que pensemos?

Será que Alckmin esqueceu que Lula segue sendo réu em vários processos?

Será que ele espera que o eleitor acredite na mentira propagada em redes sociais, isto é, a falsa inocência de Lula?

Saliente-se, Lula não foi inocentado no STF, que apenas mandou os processos em que ele já estava condenado em três instâncias voltarem à estaca zero para ele poder candidatar-se.

Já se falou aqui sobre os 50 anos de carreira política de Alckmin. Não há por que repeti-lo. Basta dizer que é uma carreira brilhante.

É isto que deixa muitas pulgas atrás da orelha: o que terá convencido Alckmin a jogar no lixo a reputação e o currículo, e a desconsiderar a estima de eleitores históricos? O que é que o fez trair a própria consciência e esquecer o que, em 2017, ele próprio havia denunciado?

Na ocasião, com dados objetivos, ele lembrou a roubalheira do PT na PETROBRAS, destacando a herança maldita de Dilma Rousseff: a maior recessão da história do país e mais de 15 milhões de desempregados (nem a pandemia desempregou tanta gente!).

Haja sido coragem ou mero senso de oportunidade, fato é que ele muitas vezes acusou o lulopetismo de praticar a corrupção para enriquecimento patrimonial e, o que é pior, a corrupção dos valores morais e espirituais que sustentam a nossa sociedade.

Que cálculos terá ele feito agora para julgar que vale a pena incinerar a própria biografia e se aliar a alguém que, "Depois de ter quebrado o Brasil, quer voltar ao poder (...), voltar à cena do crime"?

Ele jamais saberá quantos milhões de brasileiros estarão a perguntar: Alckmin perdeu a vergonha? Ou nunca a teve e sempre enganou o eleitor? Por que é que Alckmin não resistiu ao assédio de quem vai notadamente usá-lo para "voltar à cena do crime"?

Fica a metáfora sobre a qual ele, que se declara cristão, deveria meditar: ninguém abraça o diabo sem sair chamuscado...

Fonte: Jornal da Cidade Online

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