Sexta, 25 de Fevereiro de 2022
Já se passaram 23 dias desde o desabamento do túnel da obra da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo (em 1º de fevereiro) e os trabalhos para fechamento da imensa cratera que se abriu no local, interditando trecho da Marginal Tietê, ainda não terminaram.
A empresa responsável pela obra, a concessionária espanhola Aciona, alega que o nível de esgoto que inundou o túnel continuou subindo e que, portanto, teve que voltar a drenar e a injetar mais concreto, com término previsto para até 20 dias.
O detalhe mais importante, entretanto, é que ainda há dois Tatuzões (os modernos equipamentos de escavação com brocas para a abertura de túneis) submersos.
O que estava em funcionamento, no local do acidente, e outro, em processo de montagem, em outra parte do túnel alagado.
Cada equipamento traz um complexo conjunto de maquinários, além de espaço para os trabalhadores, que inclui até área de apoio e enfermaria, em 109 metros de comprimento, dez de diâmetro e duas mil toneladas de peso.
Somente após a retirada total do esgoto, será possível fazer uma avaliação do estado das escavadeiras, para saber se é possível substituir peças e recolocá-los em uso.
Os prejuízos, até aqui, não foram informados e nem se a concessionária terá que arcar com todo o valor ou somente parte dele.
O Ministério Público de São Paulo ainda investiga as causas do acidente e colhe depoimentos.
É mesmo o ‘fundo do poço’ para o governador ‘calça apertada’, João Doria Jr., pois ele considerava as obras da rede metroferroviária um dos trunfos de sua (já minguada) campanha presidencial.
Veja o vídeo:
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