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sábado, 26 de fevereiro de 2022

O desarmamento nuclear da Ucrânia: Tragédia anunciada

Sábado, 26 de Fevereiro de 2022


Antes havia uma proibição, mas tudo mudou com a ameaça existencial representada pelas tropas de Vladimir Putin.

O país possui 700 mil proprietários registrados de armas e nas últimas semanas as vendas de armamentos, incluindo AR-15, AK-47, munições e rifles de precisão, cresceram avassaladoramente. 

Entre 1994 a 1996, no entanto, o governo ucraniano, uma ex-República Socialista Soviética, por pressão do então presidente americano Bill Clinton e do Reino Unido, renunciou à sua condição de potência nuclear entregando todas as ogivas que possuía à Rússia em troca de uma promessa de não agressão a qualquer tempo.

A decisão não poderia ter sido mais equivocada, já que hoje seu território é invadido por uma potência nuclear (que ficou com suas armas) sem que a Ucrânia possua qualquer recurso dissuasório efetivo, como bombas nucleares.

Hoje a Ucrânia, uma democracia eleitoral que busca voltar-se cada vez mais ao Ocidente, desarmada, encontra-se à mercê de uma potência nuclear vizinha comandada por um autocrata que não admite a sua soberania e busca anexá-la a seu território. Essa tragédia já estava anunciada. Agora a população tem que correr às lojas para assegurar a sua própria existência porque os recursos bélicos que realmente importam foram entregues docilmente ao inimigo.

Declaro toda minha solidariedade ao povo ucraniano que tem sua soberania agredida e território invadido por um regime autoritário e que busca reconstruir o “império do mal soviético”, como chamava Ronald Reagan o regime de opressão comunista.

Marcel van Hattem. O autor é deputado federal.

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