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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Contrato com Cabral prova que prefeito de Petrópolis era o responsável pelas obras que evitariam novas tragédias

Sexta, 25 de Fevereiro de 2022

Em 10 de julho de 2013, um documento assinado pelo então Governador Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho e Rubens José França Bomtempo, coloca o então Prefeito de Petrópolis como interveniente executor, “assumindo todas as obrigações” e excluindo a SEOBRAS. Trata-se do aditivo ao anexo do termo de Compromisso nº 0396.117-63/2012 entre o Ministério das Cidades, representado pela Caixa Econômica e o Estado do Rio.

É importante demonstrar que o Governo Federal estava sob comando da Presidente Dilma Rousseff e o então Prefeito Bomtempo infernizou a vida do estado, até conseguir ser o executor das obras das encostas de Petrópolis. É exatamente isso. Junto com o Governo Federal, Rubens Bomtempo conseguiu tirar a execução do Governo Estadual e assumir oficialmente a gestão de recuperação da cidade após a tragédia de 2011 no Vale do Cuiabá.

Aquela eleição de Rubens Bomtempo teve como alvo exatamente o seu antecessor, Paulo Mustrangi, para quem apontou o dedo e acusou de fracassar, fraudar e desviar os recursos e ser incompetente para recuperar o desastre de 2011.

Foi a maior guerra política na história de Petrópolis, utilizando a tragédia como argumento. Anos depois, Mustrangi não teve a vergonha de ser vice-prefeito de Rubens Bomtempo e este, por sua vez, também não teve vergonha de colocar ao seu lado aquele que tanto acusou.

Este documento firmado com Cabral não deixa dúvidas sobre a responsabilidade direta de Rubens José França Bomtempo pelas obras que teriam evitado a nova tragédia em 2022. O seu relacionamento com a então Presidente Dilma Rousseff foi o grande argumento para conseguir a titularidade do milionário contrato e com poderes para contratar.

De volta à Prefeitura, e com o seu arqui-inimigo ao lado, Rubens Bomtempo, e o próprio Paulo Mustrangi, têm muito o que explicar. Quis o destino que eles fossem vítimas das próprias armadilhas que criaram. Colhem o que plantaram. E agora, em mandato, precisam explicar o que fizeram ou deixaram de fazer. Cadê as obras que faria com o PT e amiga Dilma Rousseff? 

Texto de Cláudio Magnavita, diretor de redação do Correio da Manhã.

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

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