Sexta, 17 de Março de 2017
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pelo arquivamento de citações feitas sobre Aécio Neves (PSDB-MG) pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. A determinação atende ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que considerou como prescritas as suspeitas, em razão do tempo decorrido. De acordo com o G1, Machado afirmou que em 1998, quando era líder do PSDB no Senado, se integrou ao comitê central de campanha de reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Na época, os então senador Teotônio Vilela e deputado Aécio Neves definiram um plano para eleger a maior bancada federal possível na Câmara, para que a candidatura do hoje senador à Presidência da Casa fosse viabilizada. A ideia era eleger 50 deputados e para isso o grupo pediu à campanha de FHC recursos para ajudar as bancadas, tendo decidido pela captação de recursos ilícitos para doar entre R$ 100 mil e R$ 300 mil a cada candidato. R$ 4 milhões foram repassados à campanha de FHC, sendo parte do exterior e entregue por pessoas ligadas à construtora Camargo Corrêa. Machado afirmou que Aécio Neves recebeu R$ 1 milhão em dinheiro. Fachin concordou que, como os fatos ocorreram até 2000 e o prazo de prescrição seria 16 anos pela pena máxima do crime de corrupção passiva, não poderia haver punição desde 2016.
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