Quarta, 15 de março de 2017
Economia
Representantes do grupo controlador da Porcellanati Revestimentos Cerâmicos Ltda. anunciou que tem planos para reativar sua fábrica em Mossoró. A intenção é que isso aconteça até Janeiro de 2018, assegurando a todos os ex funcionários a recontratação imediata.
Pelo menos isso foi manifestado em audiência de conciliação promovida pela 1ª Vara da Justiça do Trabalho, em Mossoró, nessa sexta-feira (10), que reuniu as partes litigantes, Ministério Público do Trabalho (MPT) e representantes sindicais.

Porcellanati foi um sonho industrial que aos poucos virou um tormento em Mossoró e região (Foto: Tribuna do Norte)
Foi presidida pelo juiz Higor Marcelino Sanches.
O grupo controlador da Porcellanati entrou com pedido de “Recuperação Judicial”, envolvendo as duas unidades que possui em Santa Catarina, na cidade de Tubarão. A conceituada empresa Innovare (administradora em recuperação e falência) é a responsável por essa gestão (conheça AQUI).
Visita agendada
Ficaram acertados alguns pontos ao final da audiência.
Haverá visita à fábrica em Mossoró, com o objetivo de levantar todo o patrimônio instalado, como garantia de um futuro leilão para quitação dos débitos, caso a empresa não consiga sair da situação de dificuldades que revelar ter, com o processo de Recuperação Judicial.
Foi agendada para o dia 28 de março às 14h, e contará com os seguintes envolvidos: Comissão representando os empregados, representantes sindicais e representantes da empresa.
Paralelamente, os ex-funcionários que lutam na justiça à obtenção de seus direitos trabalhistas, articulam formalização de uma associação capaz de ampliar e organizar sua luta. Numa hipótese da Porcellanati realmente ser reativada, vão cobrar a retomada dos empregos.
Admite-se até mesmo intervenção judicial que viabilize reabertura da fábrica, oportunizando que a associação assuma a produção da Unidade de Mossoró.
História
A Porcellanati começou a funcionar, a partir de dezembro de 2009, com investimento de R$ 120 milhões, sendo R$ 51 da Sudene, R$ 21 milhões do Banco do Nordeste e o restante de outras fontes.
A estimativa de produção era de 1 milhão de metros quadrados de piso, por mês. Nunca atingiu a meta de produção máxima.
Em abril de 2014, quando produzia a metade da produção estimada, teve suas atividades paralisadas por corte do fornecimento de gás e energia, em virtude da falta de pagamento dos serviços, quando empregava cerca de 400 funcionários.
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