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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Consult/TN mostra eleição para Governo no 1º turno e Henrique continua na frente também como o mais rejeitado,Ainda há uma fatia grande do eleitorado que se definirá a partir de segunda-feira.


26 de setembro de 2014

    Henrique     39,94%,                   Robinson tem 30%.
                                                 
Nova pesquisa sobre as intenções de votos entre o eleitorado potiguar, realizada pela Consult para a TRIBUNA DO NORTE, mostra um quadro definido, já no primeiro turno, na disputa ao governo do Estado e um “empate técnico” quanto a eleição para a vaga no Senado Federal. Para o Executivo estadual, o deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), pontua na Consult/TN com 39,94%, quase dez pontos percentuais a frente do segundo colocado, o vice-governador Robinson Faria (PSD), que tem 30%. Os três outros candidatos ao governo somam 2,99% (veja infográfico); brancos e nulos 14,41% e os indecisos 12,65%. Computados somente os votos válidos, Henrique Eduardo tem 6,95% pontos percentuais de vantagem sobre todos os outros candidatos. 

Esses resultados são das questões estimuladas, quando o entrevistado escolhe entre os nomes apresentados a ele. Mas, eles se assemelham aos registrados para as respostas espontâneas. Convidados a citar em quem votariam para o governo do Estado, 22, 53% dos entrevistados pela Consult responderam que em Henrique Eduardo e 13,82% em Robinson Faria. Os demais candidatos foram citados por 1,05%. A soma é 14,88%, uma diferença pró candidato do PMDB de 7,65%.

O presidente da Consult, Paulo de Tarso Teixeira, considera “natural” o crescimento da candidatura de Robinson, mas também analisa como “estável” a situação da candidatura Henrique Eduardo, faltando pouco mais que uma semana para as eleições (leia entrevista com ele, abaixo). O quadro na disputa pela vaga potiguar no Senado, entretanto, é de “empate técnico” entre as duas principais concorrentes, a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), e a deputada federal Fátima Bezerra (PT). A petista, com 39% das intenções de votos (pergunta estimulada) tem uma vantagem de 2, 76 pontos percentuais. Wilma de Faria tem 36,24% e os três outros candidatos somaram dois por cento. Brancos e nulos são 12,47% e indecisos 10,29%. A diferença pró Fátima, nas respostas espontâneas, é praticamente a mesma: 2,94 pontos percentuais.




Rejeições e preferencia

A Consult também procurou saber em quem os eleitores “não votariam de maneira alguma” nas próximas eleições e o maior índice foi dos que não rejeitam nenhum dos nomes apresentados: 54,8%. O percentual que rejeita todos é de 16,9%. Entre os candidatos ao Governo do Estado, os resultados da rejeição foram: Henrique Eduardo Alves 13,5%; Robinson Faria 9,2%; Araken Farias 2,9%; Simone Dutra 1,8% e Robério Paulino 1,5%. 

Na escolha de um nome para o Senado, também mais da metade (57,8%) dos entrevistados não indicaram rejeições entre os candidatos, enquanto 16,3% rejeitam todos. O índice de rejeição para Wilma de Faria é 14,9%; Fátima Bezerra 6,9%; professora Ana Célia 1,8%; Roberto Ronconi (o TRE/RN cancelou a candidatura dele está semana) 1,6% e professor Lailson 1,4%.

O quadro de intenções de votos entre os eleitores potiguares para a Presidência da República é de definição pela reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT) que, segundo a pesquisa Consult/TN, tem 46,71%. A vantagem é o dobro do que pontua Marina Silva (PSB), que tem 23,29% das intenções de votos. Aécio Neves (PSDB) tem 11,12%. Os outros candidatos ou não pontuaram ou receberam menos de 0,5%. Brancos e nulos somam 8,59% e indecisos 9,41%.

Dados técnicos

A pesquisa Consult/Tribuna do Norte foi realizada entre os dias 20 e 22 deste mês, com 1.700 entrevistas distribuídas em 10 regiões do Estado, abrangendo 58 municípios. O grau de confiabilidade é de 95% e a margem de erro, para mais ou para menos, de 2.3%. Os registros na Justiça Eleitoral são 823/2014 no TSE e 034/2014 no TRE/RN.

Bate-papo - Paulo de Tarso Teixeira Presidente da Consult Pesquisa

Rayane Mainara

Paulo de Tarso Teixeira é pesquisador, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele é fundador e diretor do Instituto Consult, onde atua não apenas no Rio Grande do Norte, mas também realiza pesquisas em outros Estados do país

Pesquisador analisa quadro das candidaturas

Com esses resultados, o senhor considera que a disputa pelo Governo do Estado, faltando nove dias para a eleição, será definida no primeiro turno? 

É uma eleição para ser encerrada no primeiro turno. Pela sequência de pesquisas que a Consult tem feito, podemos afirmar isso. O que estamos observando é uma equivalência das pesquisas. Nesta pesquisa, o candidato Henrique Alves aparece com 9 pontos na frente. É preciso tirar a emoção de qualquer avaliação. O candidato Henrique Eduardo Alves vem se mantendo em um patamar constante, confortável. Um candidato com 40% de intenção de voto tem uma situação confortável. Houve um crescimento de Robinson e, claro, já houve um percentual maior de Henrique do que os nove pontos que aparecem agora. Mas, essa diferença reduziu ao longo da campanha. Faltam dez dias para eleição; o prazo é muito curto para aparecer um cenário diferente. O que precisamos colocar quando tiramos a emoção é o fato de que temos dois candidatos trabalhando. É aí onde haverá o embate, o medir das forças na reta final. Principalmente, observando se há um terceiro candidato com potencial eleitoral a somar um valor de voto significativo que indique um segundo turno. Aqui, não temos esse terceiro candidato.

Na disputa para o Senado, a pesquisa mostra empate técnico, mas a tendência da candidata do PT durante a campanha foi de crescimento sobre a principal adversária do PSB. Levando em consideração o tempo que resta de campanha, quem tem as maiores chances? 

A tendência de quem estava perdendo, chega e ultrapassa, é maior. São duas forças tradicionais. A história de Wilma de Faria todo mundo conhece. Mas, a trajetória de quem perde e passa, sempre estabelece uma expectativa que se traduz em chances maiores. 

A pesquisa feita pelo senhor ainda inclui o candidato Roberto Ronconi, cujo registro foi cassado pela Justiça Eleitoral. Não deu tempo tirar?

Não houve tempo para tirar o nome de Roberto Ronconi, até porque eu fui a campo entre os dias 20 e 22 de setembro, quando ainda não havia sido expedida a decisão do juiz de cassar o registro.

Brancos, nulos e indecisos, tanto para o Governo quanto para o Senados, somam acima de 22 pontos percentuais. Não é um índice alto para a reta final? 

É um número alto. Para você ter ideia, na Paraíba, onde também faço pesquisas eleitorais, está dando um percentual de 11% para brancos, nulos e indecisos. Ainda há um despertar dos candidatos dentro desses eleitores indecisos. Quem responde nenhum é porque já sabe que vai dar o voto em branco. O percentual de indecisos deve cair a partir de quinta-feira próxima, quando já houver uma tomada de decisão do eleitor. A tendência da pesquisa vai se manter. A questão é que quanto mais próxima a pesquisa for feita do pleito, mais próxima será do resultado final. Ainda há uma fatia grande do eleitorado que se definirá a partir de segunda-feira.


Fonte: Tribuna do Norte

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