Quinta, 30 de outubro de 2025
O parlamentar apresentou documentos que, segundo ele, comprovam o financiamento do transporte de indígenas até a propriedade rural pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
"Neste final de semana, mais uma vez, uma propriedade rural em Mato Grosso do Sul foi invadida e destruída por marginais. Houve uma tramoia política por trás disso, uma articulação que precisa ser exposta e investigada", afirmou o deputado durante seu discurso na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Coronel David, que se identifica como católico, expressou seu descontentamento com o suposto envolvimento do Cimi, entidade vinculada à Igreja Católica e a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil).
"Minha tristeza e constrangimento são enormes ao ver uma organização ligada a Igreja Católica financiar ações criminosas. É uma vergonha para todos nós católicos", declarou.
O parlamentar atua como presidente da Comissão de Segurança Pública e coordenador da Frente Parlamentar Invasão Zero da Assembleia. Ele apontou disputas internas na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como fator determinante para o incidente.
"Houve uma sabotagem política dentro da Funai, com a tentativa de nomear pessoas ligadas a movimentos radicais. A nomeação para a coordenadoria da Funai em Dourados foi o estopim dessa invasão, que resultou na destruição total da fazenda", disse o deputado.
Em resposta ao ocorrido, Coronel David protocolou dois requerimentos. O primeiro foi direcionado ao superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Carlos Henrique Cotta Dangelo, pedindo investigação sobre o possível financiamento da invasão.
O segundo requerimento foi encaminhado ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira. O documento solicita a instauração de inquérito para apurar crimes supostamente cometidos durante a invasão, como danos ao patrimônio, incêndio criminoso, furto e roubo de animais, crimes ambientais e tentativa de homicídio contra policiais militares.
"Não se trata de uma simples disputa por terra. O que aconteceu em Caarapó foi um atentado contra a lei, a propriedade privada e o direito de famílias que tiveram sua vida inteira destruída", afirmou o deputado.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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