Sexta, 26 de setembro de 2025
Os seis jovens acusados, com idades entre 14 e 15 anos, chegaram a ser identificados e encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente quando o caso foi inicialmente registrado. A gravidade das acusações resultou na internação provisória de alguns dos adolescentes que a garota afirmou ter reconhecido como agressores.
A investigação identificou diversas inconsistências no relato da denunciante. Um elemento crucial para desmontar a acusação foi a confirmação de que os jovens estavam na escola no horário em que o suposto crime teria ocorrido. A coordenação da instituição de ensino confirmou a presença de todos em sala de aula, versão comprovada por imagens de câmeras de segurança.
A análise das mensagens enviadas ao namorado da adolescente também foi determinante para esclarecer o caso. Os policiais descobriram que o chip utilizado para enviar as mensagens estava registrado em nome da mãe da própria denunciante. Além disso, a reconstituição do trajeto indicado pela jovem não apresentou evidências que sustentassem a ocorrência do crime.
"Nosso trabalho não se encerra com a primeira versão dos fatos: seguimos cada etapa com rigor técnico, proteção às partes e respeito aos direitos fundamentais", afirmou a delegada-chefe da 8ª DP, Bruna Eiras.
Confrontada com as evidências contraditórias, a adolescente inicialmente manteve sua versão, mas acabou confessando a invenção da história. Para dar credibilidade à falsa denúncia, ela provocou lesões em seu próprio corpo, simulando vestígios de violência sexual.
Após a confissão, a PCDF comunicou o Poder Judiciário, que revogou as medidas aplicadas contra os adolescentes injustamente acusados. A estudante responderá por ato infracional análogo à denunciação caluniosa.
O caso começou em 15 de setembro, quando três adolescentes foram apreendidos pela PCDF pelo suposto estupro de vulnerável. O incidente teria ocorrido na Colônia Agrícola 26 de Setembro, segundo o relato inicial.
Na denúncia original, a adolescente alegou que os menores a teriam ameaçado e coagido, com beijos forçados, na tentativa de atingir seu namorado, com quem os acusados supostamente tinham inimizade. Ela declarou que os jovens a abordaram em via pública e a levaram para uma área isolada, onde teriam cometido os abusos.
A falsa vítima também relatou que seu namorado recebeu mensagens que a objetificavam e descreviam os supostos atos praticados contra ela. A investigação da Polícia Civil comprovou que todo o caso foi elaborado pela própria garota para incriminar os adolescentes.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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