Sexta, 26 de setembro de 2025
Os generais e almirantes convocados estão distribuídos em dezenas de países e comandam tropas em regiões estratégicas como Leste Asiático e Oriente Médio. Todos aguardam instruções sobre a pauta do encontro, que ocorrerá em uma base militar na Virgínia.
O presidente Donald Trump pode participar do evento. Quando questionado sobre a reunião na Casa Branca, Trump afirmou: "Por que isso é tão importante? Vocês falam como se isso fosse algo ruim. Não é legal que pessoas do mundo inteiro estevam vindo para se encontrar?"
Militares questionam a natureza presencial da convocação, considerando que o Pentágono possui sistemas seguros de comunicação que permitiriam discussões sobre assuntos sensíveis à distância. Segundo relatos ao Washington Post e ao New York Times, nenhum dos oficiais consultados lembra de uma convocação semelhante organizada com tanta urgência.
A convocação acontece durante transformações na estrutura militar dos EUA. A instituição passou a ser chamada de Departamento da Guerra por determinação de Trump, e o secretário Pete Hegseth implementou cortes no quadro militar. Desde maio, cerca de 20% dos generais de quatro estrelas, os mais experientes do Exército americano, foram removidos.
Hegseth também determinou uma redução de 10% no contingente de generais e comandantes nas Forças Armadas. O secretário realizou importantes demissões desde que assumiu o cargo, incluindo Charles Brown Jr., ex-chefe do Estado-Maior, Lisa Franchetti, primeira mulher a comandar a Marinha americana, e Shoshana Chatfield, que representava os EUA na comissão militar da OTAN.
O porta-voz do Departamento da Guerra confirmou o evento ao Washington Post, mas não forneceu detalhes adicionais sobre sua finalidade ou agenda. O jornal informou que não houve objeções oficiais à publicação da matéria sobre a reunião, apesar do maior controle sobre o trabalho da imprensa no órgão desde as recentes mudanças institucionais.
Especialistas avaliam que o encontro poderá detalhar a política de cortes de pessoal e gastos, ou anunciar novas adequações orçamentárias. Outros acreditam que Hegseth discutirá a nova estratégia de defesa nacional dos Estados Unidos, que priorizaria a defesa do território americano e a segurança do Hemisfério Ocidental, diferente do foco recente na China como principal ameaça à segurança nacional.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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