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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Traficante condenado pela morte do jornalista Tim Lopes "some do mapa"

Quinta, 25 de julho de 2024

Elizeu Felício de Souza, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes em 2005, não se apresentou para colocar a tornozeleira eletrônica após ser solto em 4 de junho. Ele tinha cinco dias úteis para comparecer à central de monitoramento no centro do Rio de Janeiro para a instalação do dispositivo.

Conhecido como Zeu, o criminoso foi liberado do Instituto Penal Vicente Piragibe, em Bangu, devido à progressão de pena para prisão domiciliar. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou o ocorrido à Justiça, que determinará se ele será considerado foragido.

A condenação de Zeu foi de 23 anos e seis meses de prisão. Tim Lopes desapareceu em 2 de junho de 2002, enquanto investigava casos de prostituição infantil e uso de drogas em um baile funk na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

Jornalista foi levado ao Morro da Grota para ser executado

De acordo com a polícia, Tim Lopes foi identificado por um segurança do tráfico, que encontrou a microcâmera que ele carregava. Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, então líder do Comando Vermelho, ordenou a execução do jornalista. Após a abordagem, Tim Lopes foi levado ao Morro da Grota, no Complexo do Alemão, onde foi torturado e assassinado pelos criminosos.

Após a execução, seus algozes desmembraram suas pernas e queimaram seu corpo dentro de pneus, utilizando o método conhecido como “micro-ondas” para eliminar vestígios.

Descoberta de cemitério clandestino no Morro da Grota

Durante as buscas pelo corpo de Tim Lopes, a polícia encontrou um cemitério clandestino no Morro da Grota. Cerca de um mês após o crime, testes de DNA confirmaram que fragmentos de um corpo encontrados eram do jornalista.

A polícia indiciou nove pessoas pelo crime. Dois dos acusados morreram antes do julgamento: Maurício de Lima Matias, o Boizinho, foi morto em confronto com a polícia, e André Barbosa, o André Capeta, teria se suicidado.

Em 2005, sete criminosos foram condenados pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Elias Maluco recebeu a maior pena, de 28 anos e seis meses de prisão. Zeu foi capturado em 2010 durante a ocupação do Complexo do Alemão. Ele era o único ainda preso pelo crime, enquanto quatro outros condenados estão em liberdade, e um permanece foragido.


Fonte: Jornal da Cidade Online

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