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sábado, 24 de junho de 2023

Mulheres diplomatas expressam frustração com ações do Itamaraty sob Lula

Sábado, 24 de Junho de 2023

Foto: Pedro Ladeira


Mulheres diplomatas manifestaram nesta quinta-feira (22) descontentamento com as promessas não cumpridas pelo Itamaraty sob o governo Lula (PT) no que diz respeito à igualdade de gênero.

Em nota, a Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras falou em frustração com o que chamou de falta de compromisso do ministério com a promoção de uma política de gênero institucionalizada.

A crítica foi tornada pública após uma série de nomeações de embaixadores homens para cargos no exterior, em especial aqueles considerados de mais alto valor na carreira diplomática. Monitoramento feito pela associação mostra que, de 47 nomeações do governo Lula, apenas seis (12,7%) são de mulheres.

“As nomeações feitas pela atual gestão traduzem nítido descompasso entre palavras e ações”, afirma um trecho da nota, que relembra o compromisso com a diversidade de gênero que Mauro Vieira, atual ministro das Relações Exteriores, assumiu em seu discurso de posse.

“Passados quase seis meses de gestão, as mulheres diplomatas seguem aguardando medidas que revelem efetivo compromisso com a promoção da equidade de gênero e, sobretudo, respeito ao profissionalismo e à dedicação das mulheres na carreira diplomática brasileira.”

Há muito diplomatas mulheres manifestam o receio de que o discurso proferido por Vieira e as esparsas nomeações femininas fossem apenas uma espécie de token —um símbolo feito para atenuar demandas e reclamações feitas no âmbito público. Agora, a insatisfação escalou.

As diplomatas frisam a comparação entre o ministério sob Lula e na gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Números de representatividade feminina, afinal, até aqui são pouco diferentes. Com as novas nomeações do governo do petista, calcula a associação, mulheres correspondem a 15,2% das chefias de missões brasileiras no exterior —no Itamaraty de Bolsonaro, eram 14,2%.

Há também a crítica a quais cargos são reservados para mulheres e quais seguem, tradicionalmente, destinados a homens. Diplomatas argumentam que existe uma espécie de teto de vidro: as mulheres enfrentam dificuldades para ascender na carreira diplomática.

Leia mais: 

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/06/mulheres-diplomatas-expressam-frustracao-com-acoes-do-itamaraty-sob-lula.shtml

Folha de São Paulo 

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