Terça, 28 de Junho de 2023
Por vezes os estados do Nordeste parecem que não estão sujeitos à mesma Constituição que outros entes da federação...
Não é coincidência que as ex-primeiras-damas de Alagoas, Bahia e Piauí foram nomeadas conselheiras dos respectivos Tribunais de Contas de seus estados – a região norte não ficou atrás repetindo a pratica em Roraima, Amapá e Pará.
Como a gastança desenfreada parece estar liberada nesse governo e seus aliados concentrados na parte de cima do mapa, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT16), Francisco José de Carvalho Neto mandou às favas os escrúpulos contra a pratica do nepotismo e nomeou a esposa Liana Maria Valle Viana Carvalho, para o cargo comissionado de secretária executiva da Escola Judicial do TRT-16 – afinal onde passa um boi, passa uma boiada.
A esposa do desembargador recebeu, durante 14 meses, mais de R$ 17 mil de um rendimento bruto de R$ 23,2 mil.
Nesse caso, uma pequena vitória da probidade pois, em decisão unânime na sessão ordinária dessa sexta-feira (23), o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) reconheceu nepotismo praticado pelo presidente do TRT-16 e determinou a imediata exoneração de Liana M. V. Carvalho – que perdeu a boquinha, ao menos momentaneamente
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) é formado por ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), gestores de TRTs e membros do Ministério Público do Trabalho, o CSJT decidiu que o caso será enviado para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) avaliar eventuais punições por improbidade administrativa, que podem resultar na perda do cargo do desembargador Carvalho Neto.
Essa exoneração só foi possível devido à uma denúncia anônima investigada desde dezembro de 2022, a respeito da nomeação de Liana Carvalho, indicada formalmente ao cargo pela desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, diretora da Escola Judicial do TRT-16, em abril de 2022.
Além da exoneração, haverá a abertura de novo procedimento administrativo para investigar se foram descumpridas normas de funcionamento da Escola Judicial, que tem como presidente de seu conselho o próprio marido, o desembargador Carvalho Neto.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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