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domingo, 4 de dezembro de 2022

Declaração vem à tona e revela que volta do esquema maldito com ditaduras de esquerda é prioridade no PT (veja o vídeo)

Domingo, 04 de Dezembro de 2022


É o que estamos vendo no desespero do ex-presidiário e sua ‘trupe de transição’ para aprovar uma PEC que causará um rombo de pelo menos R$ 200 bi por ano no teto de gastos e na promessa de criação de ministérios, secretarias e embaixadas pelo mundo.

E quando o ex-presidário diz embaixadas, leia-se 'entrepostos de negociatas com países estrangeiros' – preferencialmente ditaduras latino americanas de esquerda.

Quem não se lembra do dia seguinte ao segundo turno das eleições, quando o presidente argentino correu para São Paulo, onde se encontrou com Lula para um almoço?

 Apesar da discrição sobre o que foi conversado, sabe-se que Alberto Fernández estava com o pires na mão, em pânico com o estado deplorável para o qual levou seu país, com hiperinflação, desemprego e a explosão da miséria.

Mas a discrição foi jogada no ralo, no mais recente discurso da presidente de Honduras, Xiomara Castro.

“Primeiro de Janeiro de 2023 estarei viajando ao Brasil para a posse do presidente Lula e assim retomar e resgatar os financiamento para as represas de Los Llanitos e Jicatuyo”, disse Castro em um discurso oficial distribuído para toda a imprensa do país.

E prosseguiu:

“Imagine nestes doze anos se tivéssemos conseguido fazer essas represas”, completou a chefe de Estado, que assumiu o cargo em janeiro desse ano. ‘Não teríamos sofrido com inundações.”

As obras a que a presidente hondurenha se refere são também para a geração de energia e deverão custar bilhões.

A fonte de financiamento a que ela se refere, sim, é o BNDES.

Foi com dinheiro brasileiro dessa mesma fonte que Honduras construiu, por exemplo, a represa de San Fernando, que fornece energia e água para a capital do país.

A obra realizada pela empreiteira brasileira Andrade Gutierrez custou US$ 271 milhões.

US$ 59 milhões via banco de fomento brasileiro.

Para seguir na nova empreitada, Xiomara Castro citou uma proposta de cooperação internacional assinada no ano 2000, quando FHC era presidente por aqui e o marido dela, Manuel Zelaya, ocupava a cadeira presidencial em Honduras.

Zelaya acabou destituido em 2009, após ação dos militares.

A tal cooperação internacional citada pela presidente do país da América Central foi colocada em prática com mais vigor a partir de 2003, quando Lula assumiu o Palácio do Planalto, até o final do mandato de Dilma Rousseff, no impeachment de 2016.

Dados oficiais do BNDES apontam empréstimos para 15 países, ao longo de 20 anos (veja gráfico abaixo), por meio do programa denominado ‘Exim Pós-embarque’, com recursos destinados ao ‘exportador brasileiro de serviços de engenharia’. 

Traduzindo: ‘dinheiro emprestado a outros países e que será utilizado para pagar empreiteiras brasileiras por obras realizadas em seu território’.

Porém, o ‘controle e transparência’ da aplicação desses bilhões em terras estrangeiras foge da alçada do governo brasileiro… e é aí que começa a ‘farra da cumpanherada’, como já se sabe.

A devolução, normalmente é realizada em prestações, a juros baixos e por longos anos.

Honduras, por exemplo, tem cumprido o pagamento à risca, mas ainda faltam US$ 32 milhões (mais juros e correções) a vencer.

A tabela atualizada há pouco mais de um mês mostra que o total de empréstimos do BNDES para outros países foi de US$ 10,5 bilhões.

Desse montante, foram devolvidos, já considerando os juros do período, pouco mais de US$ 12,8 bi.

Restam, ainda US$ 946 milhões.

Mas o gráfico mostra também que o calote e os prejuízos aos cofres do tesouro são estratosféricos, pois a cada empréstimo é o governo brasileiro que entra como garantidor, por meio de um mecanismo denominado Fundo de Garantia à Exportação (FGE)

Na linguagem popular, o Brasil se torna ‘fiador’ dos países a quem ele mesmo emprestou dinheiro.

Se não houver pagamento, portanto, é o povo quem arca com o prejuízo, com o dinheiro dos impostos.

Até aqui, já são US$ 977 milhões pagos pelo tesouro nacional para cobrir os calotes. E outros US$ 53 milhões que terão que ser ressarcidos.

Moçambique (US$ 122 milhões), Cuba (US$ 214 milhões) e a Venezuela de Nicolás Maduro (US$ 641 milhões) foram os países que não cumpriram o acordo.

É desses países, também, os valores atrasados que terão que ser cobertos pelo tesouro nacional e mais de 50% do que ainda está para vencer.

Ao ‘abrir a caixa preta do BNDES” o governo de Jair Bolsonaro deu publicidade a essas informações (então restritas a quem tivesse a curiosidade e conhecimento para pesquisar nos portais de transparência).

E, evidentemente, o capitão agiu para secar a fonte.

Mas tudo indica, pelo discurso de Xiomara Castro, que as conversas de bastidores já estão a todo vapor, e o Brasil voltará a 'distribuir dinheiro e serviços de engenharia’ para além de nossas fronteiras.

Será a alegria dos ‘amigos empreiteiros de Lula’… e a fila é longa

Mário Abrahão - jornalista e analista político

Veja o discurso:

  • Fonte: Jornal da Cidade Online

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