Sexta, 22 de Outubro de 2021
'Rede do ódio' bolsonarista age para atacar CPI da Covid e desqualificar relatório.
Vinícius Valfré, O Estado de S.Paulo
21 de outubro de 2021 | 05h00
Confira:
BRASÍLIA — A apresentação do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta quarta-feira, 20, provocou forte reação de apoiadores do governo de Jair Bolsonaro nas redes sociais. A mensagem disseminada em páginas bolsonaristas e difundida à exaustão era clara: atacar diretamente o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e desqualificar o texto que atribui crimes graves a integrantes do governo e seus aliados. Uma transmissão ao vivo do senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), em que chamou Renan de "vagabundo" e enumerou supostos crimes do político de Alagoas na condução dos trabalhos deu o tom da reação organizada nas redes.
Comento
A paralaxe cognitiva, o estrabismo ideológico e o facciosismo que acometeram parcela significativa da outrora grande mídia brasileira, impedem veículos como o Estadão, de parar na frente de um espelho e ponderar aquilo que escrevem e produzem. Há muito mais ódio explícito no texto parcialmente transcrito acima (Leia o texto todo aqui), do que nas reações da base de apoio do governo ao relatório do senador Renan Calheiros.
Como esquecer que a CPI foi comandanda por três inimigos declarados do presidente?
Como esquecer que foi montada de modo a ter apenas três apoiadores em seus quadros?
Como desconhecer o caráter autoritário de sua condução?
Como esquecer o desinteresse pelas muitas organizações criminosas que nos estados e municípios se valeram da pandemia para saquear a União?
Como esquecer a folha corrida dos “inquiridores”?
Como esquecer que o relator da CPI, em 2007 renunciou à presidência do Senado como condição para preservar o mandato porque seus colegas se recusavam a permanecer nas sessões sob sua presidência?
Como atribuir credibilidade a um relatório dele sobre notório adversário político seu e da maioria da comissão?
Esse pretenso jornalismo fala em “Rede do ódio” como se ele mesmo não fosse uma rede de ódio indisfarçável, atuando de modo cotidiano, contra o governo e contra quem ouse defendê-lo de sua sanha destrutiva.
Fonte: Jornal da Cidade Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário