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segunda-feira, 3 de maio de 2021

Venezuela aumenta salário, mas valor não chega a R$ 19

Segunda, 03 de Maio de 2021



O governo venezuelano anunciou aumento do salário mínimo mensal em 289%, neste sábado (1°), Dia do Trabalho. O valor, que era equivalente a 64 centavos de dólar, passará para cerca de US$ 2,40 (R$ 12,96) pela taxa de câmbio estimada pelo banco central do país.

– No dia de hoje, 1º de maio, entra em vigor um aumento do salário mínimo de 7 milhões de bolívares e o cestaticket socialista (bônus de alimentação) para 3 milhões de bolívares, configurando tudo o que chamamos de salário mínimo legal de 10 milhões de bolívares – disse o ministro do Trabalho, Eduardo Piñate.

Pinate fez o anúncio em um evento do Dia do Trabalho, no centro da capital Caracas, transmitido pela televisão estatal, acrescentando que o bônus de alimentação que os trabalhadores estaduais deveriam receber também aumentaria.

A economia da Venezuela está em seu quarto ano de hiperinflação, seu sétimo ano de recessão, e tem sofrido uma dolarização lenta e desordenada desde 2019.

A nova renda básica de US$ 2,40 (R$ 12,96) mais o bônus alimentar representa agora US$ 3,50 (R$19,91), com os quais os venezuelanos podem comprar um quilo de queijo e um litro de leite. No entanto, para um quilo de carne, por exemplo, o valor é insuficiente.

O governo venezuelano já reconheceu em ocasiões anteriores que o salário mínimo não é suficiente para cobrir a cesta básica de alimentos, e afirma que a renda mensal dos trabalhadores foi impactado pela crise no país, pela qual culpa as sanções econômicas dos Estados Unidos. O Parlamento, de maioria chavista, prometeu trabalhar para melhorar os salários e as condições trabalhistas.

Nicolás Maduro discursou no evento em Caracas, no qual propôs como “meta de vida” recuperar este ano o salário mínimo integral para os trabalhadores.

O ministro Eduardo Piñate disse ainda que a escala salarial do setor público será revista, sem dar detalhes.

O chavismo celebrou o Dia do Trabalho com pequenas concentrações em vários pontos do centro de Caracas com atividades de recreação e cartazes. Alguns trabalhadores presentes expressaram repúdio às sanções econômicas e ao “bloqueio” dos EUA contra a Venezuela.

(Monique Mello)

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