Terça, 27 de Abril de 2021
O agravamento da pandemia da Covid-19 na Índia vai influenciar e atrasar a entrega de doses de vacinas contra a infecção prevista para o mês de maio para o consórcio Covax Facility. A iniciativa é um instrumento de Acesso Global de Vacinas para distribuição equitativa de doses.
Na última semana a Índia bateu recordes de novos casos da Covid-19 e o sistema de saúde do país sofre com a alta demanda. Além disso, o número de mortes aumenta de forma acelerada.
Fica no país a fábrica responsável pela produção de doses do imunizantes Oxford/Atrazeneca. Reportagem do Valor Econômico ressalta que a Covax tem a AstraZeneca como principal fornecedora. A farmacêutica é responsável por três quartos das cerca de 40 milhões de doses que distribuiu até este mês. Entre os mais afetados estão países da África.
“Países da África não pararam a vacinação ainda, mas devem atrasar [a campanha], já que as remessas da Índia para abril e maio vão não sair”, afirmou alta fonte em Genebra. Entre a primeira e a segunda dose da vacina indicada pelo Soro Institute da Índia, o maior produtor global de vacinas, é possível um intervalo de até 12 semanas. Nesse cenário, dizem observadores, a Organização Mundial da Saúde espera que haja doações dos países com excesso de doses para ajudar a manter o ritmo de imunização na África e em outros países, ressaltou a matéria do Valor.
Ainda conforme a reportagem, os Estados Unidos devem enviar à Índia matérias-primas e aumentarão a ajuda financeira para a produção de vacinas contra a Covid-19. O auxílio é destinado à produção local da AstraZeneca.
Em relação ao Brasil, a expectativa é de chegada de dois lotes com oito milhões de doses de imunizantes do Covax no mês de maio. As doses são da Astrazeneca, mas de acordo com o Valor, são de outro produtor, a SK Bio, da Coreia do Sul. No entanto, em meio a escassez global, existe a possibilidade de redistribuição pelo mecanismo global.
Nenhum comentário:
Postar um comentário