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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Defesa de Lula diz a Moro que vai gravar interrogatório em áudio e vídeo

Quinta, 04 de Maio de 2017 

por Julia Affonso, Fábio Serapião e Ricardo Brandt | Estadão Conteúdo
Foto: Filipe Araujo

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou ao juiz federal Sérgio Moro nesta quarta-feira (3) que vai gravar o interrogatório do petista "por meio de áudio e vídeo, à luz do princípio da publicidade e da ampla defesa". Os depoimentos de testemunhas e réus da Operação Lava Jato são gravados pela própria Justiça Federal e anexados aos processos ao final das audiências. Interrogado por Moro na próxima quarta-feira, 10, na ação penal em que é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro - caso do triplex do Guarujá. Será o primeiro encontro, frente a frente, de Moro e seu réu mais famoso. Uma enorme expectativa cerca a audiência. A Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública estão preparando forte aparato para isolar as dependências do fórum federal de Curitiba, base da Lava Jato. As forças policiais trabalham com a informação de que manifestantes a favor e contra Lula irão se deslocar até as proximidades do local onde o petista vai depor. Os advogados Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira e José Roberto Batochio, que defendem Lula, afirmaram na petição a Moro que "a forma" de gravação das audiências "não está a atender à destinação de fidelidade estrita das informações oralmente produzidas". Eles pediram ao magistrado que modifique a captação de imagens. Os criminalistas querem "o registro do que se passa em todo recinto onde ela (audiência) se realiza e direcionamento da câmera à pessoa que está a fazer uso da palavra, não a deixando repousar exclusiva e fixamente na pessoa do interrogado, mas, sim, promovendo a gravação da íntegra do ato, incluindo, mas não se limitando, todos aqueles que fizerem uso da palavra". A defesa de Lula afirmou a Moro que caso o juiz "não reconheça que a gravação de áudio e vídeo da audiência é uma prerrogativa inerente ao exercício da ampla defesa - como já defendido pela Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná - requer a autorização para registro fidedigno do ato processual, com captação de imagem de todos os participantes da audiência que tecerem indagações ou considerações, não somente do peticionário".

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