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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Temer busca nome substituto próximo a Janot para comandar PGR

Segunda, 24 de Abril de 2017

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot | Foto: STF

Com a proximidade do fim do mandato do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e diante do discurso de que ele não quer assumir a PGR pela terceira vez, o presidente Michel Temer avalia um nome para ocupar o cargo a partir de setembro. De acordo com a Folha de S. Paulo, o desejo do presidente é que o substituto seja alguém ligado a Janot. Com isso, o objetivo é passar para a população a ideia de “continuidade” dos trabalhos da Lava Jato e evitar desgastes. O cargo é importante, principalmente para o futuro da operação, já que é o comandante da PGR o responsável por ditar o ritmo das investigações contra políticos com foro privilegiado, que são denunciados pelo órgão e julgados no STF. Em reservado, auxiliares de Temer admitem também que escolher alguém próximo a Janot possibilita "previsibilidade" ao andamento das ações que investigam oito de 28 ministros do governo. O nome do substituto será indicado ao Senado Federal por Temer em setembro. Ele assume o cargo pelos próximos dois anos. A publicação aponta também que o Planalto já vislumbra um perfil que atende aos requisitos estabelecidos por Temer: Blal Dalloul, secretário-geral da PGR desde junho de 2016. Entretanto, os rumores de que o Planalto tem simpatia pelo nome de Dalloul são vistos com desconfiança por procuradores porque ele não se declara pré-candidato e, segundo interlocutores, nunca mostrou intenção de concorrer. Neste cenário de mudanças no comando da PGR, o presidente deu indícios de que respeitará a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República – que organiza votação interna e entrega a relação dos três mais votados à Presidência da República. Mas não nomeará necessariamente o primeiro colocado, como é a prática desde 2003, nos governos Lula e Dilma. Já no Ministério Público a avaliação é de que o governo, na verdade, quer um nome menos afinado com a Lava Jato –e com Janot–, para tentar enfraquecer as investigações. Até agora, seis subprocuradores são pré-candidatos ao cargo: Nicolao Dino, Mario Bonsaglia, Raquel Dodge, Ela Wiecko, Carlos Frederico e Sandra Cureau. No MPF, a expectativa inicial é de que a lista tríplice seja composta pelos três primeiros: Dino, Bonsaglia e Dodge.

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