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segunda-feira, 24 de abril de 2017

MPF aciona Google para investigar ‘jogos perigosos’ que estimulam suicídio

Segunda, 24 de Abril de 2017 

Foto: Reprodução / YouTube

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo acionou o Google - responsável pelo YouTube -, para investigar a divulgação de vídeos hospedados em sua plataforma, com “jogos perigosos” que estimulam a automutilação e suicídio. De acordo com informações do Estado de S. Paulo, os donos destes canais chegam a lucrar R$ 20 mil mensais com publicidade. Ainda segundo a publicação, no último mês, a Procuradoria Regional do Direito do Cidadão conseguiu remover 11 vídeos que estimulam jovens a se ferirem ou se matarem, com base no critério de maior popularidade. O assunto tem ganhado repercussão no país, após relatos ligados à corrente Baleia-Azul, que incentivam este tipo de prática, mas o MPF paulista informou que ainda não abriu investigação para apurar os casos relacionados a ele. "Se a empresa propicia essas situações (divulgação dos vídeos), discutimos se pode ser considerada corresponsável por elas. Estamos recebendo cada vez mais casos deste tipo. É um problema que a tecnologia criou e ainda não se sabe como lidar", diz o procurador Pedro Antonio de Oliveira Machado. A investigação sobre canais que divulgam os “desafios perigosos” teve início neste ano, após o Instituto Dimicuida, de Fortaleza, ter apontado ao MPF a existência de ao menos 19 mil vídeos com este tipo de conteúdo na internet. O Google não quis comentar o caso específico do inquérito com o jornal Estado, mas ao MPF afirmou que o YouTube é apenas uma plataforma de hospedagem e que não faz controle prévio do conteúdo. A empresa disse ainda que a cada segundo, cerca de uma hora de novos conteúdos é enviada e destacou que o site é voltado para maiores de 18 anos ou menores supervisionados pelos responsáveis. O Google pontuou ainda que dentro da própria plataforma existem canais para denunciar abusos.

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