Sexta, 24 de Fevereiro de 2017
Foto: Divulgação
Diagnosticado com problemas sérios na coluna, o agora ex-ministro das Relações Exteriores José Serra precisou tomar uma injeção com analgésicos para aliviar as dores que sentia, antes de embarcar para seu último compromisso internacional, na Alemanha. O tucano pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (22), alegando agravamento do problema, um desgaste acentuado entre duas vértebras, descoberto ainda no ano passado. Segundo a Folha de S. Paulo, em conversas com pessoas próximas, Serra vinha relatando que o quadro beirava o insuportável. Há cerca de 20 dias confidenciou que, diante do quadro, pensava em deixar a chefia Ministério das Relações Exteriores, porque a função obriga o titular a fazer longos voos. Entretanto, Serra tinha receio que a decisão deixasse o presidente Temer irritado, fragilizasse o governo e acabasse motivando especulações de que sua saída tivesse sido causada por questões políticas. Em dezembro, foi submetido a uma cirurgia para descomprimir a cervical e substituir o disco vertebral que estava desgastado por uma placa de titânio. Entretanto, reclamou em janeiro que os incômodos na coluna se intensificaram após a cirurgia. Pouco tempo depois de retornar da Alemanha, ao continuar sofrendo muitas dores, se rendeu à impossibilidade de se manter num cargo que exige uma rotina de viagens. Outro motivo para Serra pedir demissão do cargo foi o fato de estar “entediado”. A amigos, ele confessionou que se sentia subaproveitado e, por isso, avaliou que o sacrifício físico não compensava. Durante a montagem do governo Temer, o tucano chegou a ser cotado para o Ministério da Fazenda, cargo que acabou nas mãos de Henrique Meirelles. Pessoas próximas ao ministro dizem ainda que ele vinha manifestando profunda inconformidade com citações ao seu nome na Operação Lava Jato. Um dos delatores da Odebrecht afirmou que a empreiteira fez doações no exterior à campanha de Serra à Presidência em 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário