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sábado, 9 de janeiro de 2016

Em nota, Cunha critica Cardozo por não investigar 'vazamentos seletivos'

Sábado, 09 de Janeiro de 2016

por Daiene Cardoso | Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução / TV Câmara

Em nota divulgada na manhã desta sexta-feira (8), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou o que chamou de "vazamento seletivo" de dados protegidos por sigilos legal e fiscal da investigação envolvendo seu nome. No texto divulgado por sua assessoria de imprensa, Cunha também atacou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por não ter solicitado a apuração dos vazamentos relacionados ao seu caso. "Lamenta também a atitude seletiva do ministro da Justiça, que nunca, em nenhum dos vazamentos ocorridos contra o presidente da Câmara - e são quase que diários -, solicitou qualquer inquérito para apuração. No entanto, bastou citarem algum integrante do governo para ele, agindo partidariamente, solicitar apuração imediata", diz a mensagem, se referindo à determinação de Cardozo para que haja investigação da divulgação de mensagens do empresário Leo Pinheiro, da OAS, que envolvem os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social). O peemedebista repetiu que "jamais recebeu qualquer vantagem indevida" e desafiou que provem as supostas vantagens noticiadas. "Ao contrário do que foi criminosamente divulgado, sua variação patrimonial entre os anos de 2011 e 2014 apresenta uma perda R$ 185 mil, devidamente registrada nas declarações de renda", completou. Cunha voltou a afirmar que considera as investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) "seletivas". "É de se estranhar que nenhuma autoridade citada no tal relatório de ligações do sr. Leo Pinheiro tenha merecido a atenção relativa ao caso, já que tal relatório faz parte de duas ações cautelares movidas contra Eduardo Cunha - incluindo um pedido de afastamento - e contra membros do governo não existe nem pedido de abertura de inquérito, mesmo sendo sabido que o PGR recebeu esses dados de membros do governo em 19 de agosto de 2015, e não tomou qualquer atitude", destacou. Sobre a quebra dos sigilos fiscal e bancário dele, de sua esposa Cláudia Cruz e sua filha Danielle Dytz, Cunha afirma que a notícia é velha e que o resultado da medida foi juntado em 23 de outubro do ano passado. "De qualquer forma, o presidente destaca que não vê qualquer problema com a quebra de sigilos, e sempre estará à disposição da Justiça para prestar quaisquer explicações", conclui.

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