Segunda, 14 de Setembro de 2015
Foto: Divulgação / Governo de São Paulo
O governo de São Paulo, capitaneado por Geraldo Alckmin (PSDB-SP), pagou R$ 1,5 milhão a Doria Editora, empresa do apresentador João Dória Jr., pré-candidato à prefeitura da capital paulista pelo PSDB. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o pagamento refere-se a anúncios publicados em sete revistas da empresa entre 2014 e abril deste ano, intermediados por duas agências publicitárias: a Mood e a Propeg. Ambas foram contratadas por licitação e seguiram o trâmite estabelecido para a propaganda estatal. Presidente do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), Dória organiza eventos para empresários, como o Fórum de Comandatuba, e gerencia 12 títulos em sua editora, a maioria relacionada aos encontros que promove. De acordo com Folha, um dos pagamentos do governo paulista, no valor de R$ 501 mil, referia-se a um publieditorial (propaganda editada de forma a parecer com uma reportagem) de nove páginas na revista Caviar Lifestyle, que informa circulação de 40 mil exemplares. Em dezembro, foram pagos R$ 259 mil por um anúncio de oito páginas na revista Meeting & Negócios. Em janeiro, foram outros R$ 202 mil por um anúncio de 4 páginas na revista Líderes do Brasil – de acordo com Folha, um anúncio com o dobro de páginas na revista Exame, da Editora Abril, custou R$ 292 mil. Também em janeiro o governo também pagou por um anúncio de duas páginas na revista Época, da Editora Globo, por R$ 71 mil. Na revista Istoé, da Editora Três, um anúncio de 18 páginas custou R$ 479 mil. De acordo com Folha, nenhuma das revistas de Doria é auditada pelo Instituto Verificador de Comunicação (IVC), que certifica as principais publicações do país, incluindo as outras que receberam anúncios do governo Alckmin.
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