Terça, 21 de julho de 2015
Saúde
Os servidores da saúde do Rio Grande do Norte iniciaram uma ocupação na sede do Governo do Estado, na noite desta segunda (20). A decisão foi tomada após uma audiência com representantes do governo, que negou reajuste e a revisão do Plano de Cargo.
Parte dos servidores está há cinco anos com o salário-base congelado e o Sindsaúde (Sindicato dos Servidores em Saúde do RN) reivindica reajustes de 27%, para os servidores dos hospitais, a 61%, para os municipalizados. O governo estadual afirma que os gastos com a folha de pessoal estão acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Manifestantes estão na parte interna do prédio da Governadoria (Foto: Sindisaúde)
Os servidores decidiram permanecer ocupando o prédio e reivindicam uma audiência com o governador Robinson Faria (PSD), que no momento recebia o ministro da Pesca, Helder Barbalho. Na manhã desta terça-feira, às 09h, os servidores farão um ato público.
Receberão o apoio de outras categorias em greve, como os servidores da saúde de Natal e professores e técnicos da UERN (Universidade Estadual do RN) e da UFRN (Universidade Federal do RN) e de centrais como a CSP-Conlutas.
Sobrecarga de trabalho
Os servidores da saúde estadual iniciaram a greve no dia 11 de junho. O salário da rede estadual é o menor, comparando com os da saúde federal e até de alguns municípios. Um técnico de enfermagem iniciando no estado recebe R$ 946 de salário-base.
Um profissional do nível elementar recebe um salário-base de R$ 756,20, abaixo do salário mínimo. O salário é complementado com gratificações, que variam de R$ 134,00 a R$ 195,00.
A greve denuncia ainda a sobrecarga de trabalho, agravada pelo déficit de 3.500 servidores, e pela crise nos principais hospitais, que convivem com pacientes nos corredores. Levantamento feito pelo Sindsaúde nesta segunda-feira, em quatro hospitais, identificou 171 pacientes em macas, sendo 114 nos corredores.
Fonte: Carlos Santos
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