A  maior parte dos 20 policiais civis que foram designados para substituir  os 27 policiais militares que trabalhavam em Mossoró e cidades vizinhas  vai recorrer da medida. Eles vão tentar primeiro administrativamente,  provando que não podem ser transferidos e, caso não sejam atendidos, vão  acionar o Governo do Rio Grande do Norte judicialmente. O Sindicato dos  Policiais Civis e Servidores do Itep (SINPOL) é contra a remoção e  cobra a nomeação imediata dos 509 policias aprovados em 2009.
Foram  publicadas duas determinações, assinadas pelo delegado-geral de Polícia  Civil do RN, Fábio Rogério da Silva, direcionando policiais que  trabalham em Natal e região metropolitana de Natal para atuar nas  delegacias policiais de Mossoró. Na nomeação, delegacias como Areia  Branca, Apodi e Assú, que também tiveram os militares removidos, não são  beneficiadas pela Delegacia Geral de Polícia Civil do RN. Da primeira  portaria para a segunda, 18 nomes mudaram. Desse novo grupo, pelo menos  50% manifestaram-se contra a mudança de DP, alegando que não poderiam  ser transferidos.
De  acordo com Djair Oliveira, vice-presidente do Sinpol, os policiais  estão buscando reverter o quadro administrativamente. Caso não consigam,  o Sinpol anuncia que vai acionar o Governo do Estado judicialmente.  Nesse ínterim, as delegacias de Mossoró e de outras cidades da região  deverão ficar mais do que um mês sem equipes para trabalhar. Após a  publicação da determinação, feita dia 16 desse mês, eles teriam 30 dias  para assumir seus novos postos de trabalho. Com esse impasse, a chegada  de novos policiais pode demorar mais, de acordo com a previsão que está  sendo feita por Djair Oliveira.
"Eles  estão obrigando policiais que estão em Natal e região a irem substituir  os policiais militares que foram removidos. A Delegacia Geral de  Polícia Civil alega que se os policiais da região metropolitana não  forem a Mossoró, as DPs vão fechar. A remoção, infelizmente, é prevista  em nosso Estatuto, mas existem situações que não estão sendo  respeitadas. Um policial que tem filhos matriculados em escola da cidade  onde está lotado não pode ser transferido, por exemplo, e, pelo que  vimos, muitos estão nessa situação e não podem ser obrigados a mudar  assim de repente", complementa Djair.
O  sindicalista lembra que esse processo pode demorar vários meses, já que  dependerá de decisões judiciais quanto à remoção, ou não, dos policiais  que estão hoje na região metropolitana de Natal. Para ele, o mais  sensato, neste momento, seria a contratação dos 509 policiais civis que  foram aprovados em concurso público realizado em 2009. De acordo com a  legislação, o Governo do RN tem até dois anos para convocar os  candidatos aprovados. "O ideal para acabar com esse problema é a  nomeação desses policiais, concursados, para assumirem suas funções",  finaliza o vice-presidente do Sinpol.
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