Sábado, 13 de julho de 2024
O pedido baseia-se em um evento de maio de 2021, quando Torres, então ministro da Justiça, exonerou Xavier do cargo de Diretor de Operações da Secretaria de Operações Integradas da PF.
A defesa de Torres argumenta que essa exoneração comprometeria a imparcialidade de Xavier na investigação atual. “A posição do Sr. Clyton no cargo de DAS 101.5 do Ministério da Justiça ― do qual foi exonerado por Anderson ―, lhe garantia uma significativa vantagem patrimonial de quase R$ 14 mil mensais”, afirmaram os advogados.
“A exoneração, especialmente de um cargo de destaque no governo federal, pode naturalmente gerar um sentimento de contrariedade e antipatia pelo agente exonerado em relação ao agente que o exonerou”, continuaram os advogados. Eles alegam que Xavier poderia ter um interesse pessoal que prejudicaria Anderson Torres.
A defesa também questionou a rapidez com que Torres foi indiciado, apenas 24 horas após seu interrogatório no inquérito sobre os atos de 8 de janeiro, em Brasília. “É forçoso reconhecer que o relatório e suas conclusões já estavam prontos antes mesmo da oitiva do acusado”, disseram. “O interrogatório, aliás, não foi sequer considerado no indiciamento.”
Além da suspeição de Xavier, os advogados pediram a instauração de um processo administrativo contra ele e que, no mínimo, ele deveria ter informado seus superiores sobre a exoneração, ocorrida quando Anderson Torres era ministro.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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