Quinta, 02 de Março de 2023
"No Brasil, onde tudo passou a ser fake news e atentado contra o Estado democrático de direito, nós temos, há dois meses, novecentas pessoas presas e tratadas como terroristas e que não foi encontrado, quando foram presas, um canivete sequer com elas. E estão presas, chefes de família, senhoras, mães, avós. Eu vi ontem que o ministro da justiça declarou, ‘ah, são pessoas muito perigosas’."
Com essa fala indignada, o ex-presidente, Jair Bolsonaro, detonou a absurda prisão de centenas de pessoas pela justiça brasileira, em função dos atos de 8 de janeiro.
Bolsonaro, que já tinha criticado a medida anteriormente, desta vez foi mais incisivo, durante participação em um congresso conservador no estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde está de férias desde o final do ano passado.
Na ocasião, 1200 pessoas foram conduzidas da frente do quartel do exército até a sede da Polícia Federal, no Distrito Federal, acusadas de terem participados de ‘atos antidemocráticos’ e , vejam só, de ‘tentativa de golpe de Estado’, durante as manifestações que corriam pacificamente, mas que acabaram com atos isolados de quebra-quebra e invasão de prédios dos Três Poderes.
As prisões continuaram ao longos das semanas seguintes e chegaram a ultrapassar 1300 pessoas. Os homens foram encaminhados para o presído da Papuda e as mulheres para a Colméia, ambos na capital do país.
Desde então, ordens de soltura foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o responsável pelos inquéritos, mas há, ainda, pelo menos 800 encarcerados.
Irônico, Bolsonaro lembrou que essas pessoas são tratadas como perigosas, ao mesmo tempo em que o governo do ex-presidiário concordou, recentemente, em trazer de volta para cumprir pena em Brasília, o líder da organização criminosa PCC, Marcos Camacho, o Marcola.
Ele também detonou a comparação entre os atos de Brasília e a ‘invasão’ do Capitólio, em 2021:
"Ah, o Capitólio brasileiro… mas quem está preso aqui no Capitólio americano?… a grande maioria está solta e respondendo o devido processo. No Brasil, não. Não tem formal de culpa, não tem testemunha, a grande maioria sequer estava na Praça dos Três Poderes naquele fatídico domingo e estão presas”, concluiu.
Mais um declaração que ratifica a necessidade da criação da CPMI do dia 8 de janeiro, para que se apure todos os fatos e os devidos responsáveis. Algo que o PT tenta barrar desesperadamente.
Quanto ao capitão, ele está cada vez mais ‘intenso’ em suas declarações e demonstra que segue acompanhando de perto tudo o que acontece no Brasil.
Sinal de que sua volta está próxima e ele chegará com força para liderar a oposição ao desesperado desgoverno do molusco.
Veja o vídeo:
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