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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Como o açúcar e etanol brasileiros podem se aproveitar da crise Irã-EUA

Sexta, 03 de Janeiro de 2020

(Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Esta deverá ser uma sexta-feira (3) meio atípica em alguns mercados internacionais. O dia prometia ser calmo, de baixa liquidez, com 2020 mais ativo a partir da segunda.

Mas o ataque dos Estados Unidos ao Iraque e a morte do comandante militar iraniano está dando potencial de alta ao petróleo e ao dólar index (na contramão de Dow Jones, em queda), pelo menos por hora.

O reflexo mais claro nas commodities agrícolas neste estágio dos negócios (10h55 de Brasília) é sobre o açúcar e, por tabela, sobre o etanol. Diante do petróleo com potencial de alta e de repasse para os preços dos combustíveis no mundo, mais matéria-prima seria desviada para etanol (que segue com potencial de competitividade e de alta na entressafra, com o governo podendo dar novo aumento à gasolina).

E o Brasil, em particular, é o fiel da balança na visão dos agentes.

Apesar de não ser mais o maior exportador de açúcar, a expectativa de enxugar mais a oferta ajuda na especulação na bolsa de Nova York (ICE Futures).

Especulação

Mas o suporte que o cru Brent em Londres pode dar é limitado e no nível da especulação de rally, sem força de fundamento que assegure uma tendência de alta, avalia Maurício Muruci, da Safras & Mercado.

Enquanto o petróleo vai e volta em torno dos 4% de alta, encostando e descendo um pouco dos US$ 69/barril, para o vencimento de março, o adoçante tenta se recuperar da forte queda de ontem. Fechou em 13.42 cents de dólar por libra-peso no dia 31 e caiu para 13.13 c/lp no primeiro dia útil do ano.

Agora, sobe mas 1,22%, a 13.29 c/lp o março.

Mas o analista também percebe que o movimento de alta hoje também está ligado à oportunidade que a queda da véspera deu aos grandes compradores mundiais, as indústrias. Se aproveitam para comprar um pouco.

Tudo com limitação de sustentação. Tanto pelo lado do petróleo – a menos que haja um caldo de crise mais longa e drástica entre Irã e Estados Unidos, podendo comprometer o fornecimento de petróleo em toda região do Golfo -, quanto pela Índia.

Para Muruci, a produção indiana pode ficar mais robusta com os reservatórios de água do país garantindo a umidade da cana, além da queda do PIB, que também limita o consumo interno da commodity e deixa mais volume disponível para as exportações (subsidiadas).

Money Times

OPINIÃO DOS LEITORES:
  1. Rômulo©
    Em Natal não compensa abastecer com álcool, seu valor é sempre maior que 70% do preço da gasolina !
  2. Rômulo©
    A proposta do etanol como combustível nos automóveis sempre foi reduzir nossa dependência do petróleo como fonte de energia. Infelizmente, depois de décadas do Proálcool, pouco foi feito para que o combustível da cana se tornasse uma opção melhor para o consumidor, pois dificilmente está com preço inferior a 70% do custo da gasolina.
  3. Francisco
    As bolsas mundiais tiram proveito dessa crise instantânea, ao mesmo tempo que enche os bolsos de trump com dólares por ter desencadeado essa nova safra de dólares, tendo a reboque as empresas petrolíferas, inclusive a Petrobrás com o pré sal. se o presidente não intervir, vão fazer um rapa no consumidor brasileiro.

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