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sexta-feira, 3 de março de 2017

Ex-ministro do Turismo Henrique Alves nega conhecimento sobre US$ 833 mil na Suíça

Sexta, 03 de Março de 2017

Foto: Reprodução / Jornal A Notícia

Ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) reconheceu que usou um escritório de advocacia uruguaio para abrir uma conta na Suíça em 2008. A revelação foi dada durante a sua defesa, apresentada à Justiça Federal de Brasília. Alves admitiu também que é formalmente o beneficiário da conta, mas que, por motivos burocráticos, não conseguiu movimentá-la e preferiu deixá-la inativa. Dessa forma, ele alegou que os US$ 832.975,98 depositados na conta foram movimentados por terceiros, sem que tivesse conhecimento. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o montante era proveniente de propina, paga pela empreiteira Carioca Engenharia, com o propósito de liberar recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), que é administrado pela Caixa Econômica Federal. Segundo informações de O Globo, o dinheiro serviria para o financiamento de obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. A quantia foi repartida e depositada em três datas diferentes: 5 de outubro, 18 de novembro e 8 de dezembro de 2011. "É importante ressaltar que a utilização da citada conta bancária e os depósitos acima mencionados jamais foram de conhecimento do acusado", diz um trecho do documento de defesa assinado pelos advogados de Alves, Marcelo Leal e Luiz Eduardo Ruas do Monte. Outros dois depósitos foram feitos nos anos anteriores. Um no valor de US$ 980, em 14 de setembro de 2009, foi realizado para efetivar a abertura da conta, segundo a defesa. O outro, de US$ 10 mil, em 21 de junho de 2010, eles apontam que foi feito para arcar com o pagamento de suas taxas bancárias e despesas operacionais. "Somente ao tomar conhecimento dos documentos que instruem a presente ação penal é que o acusado teve ciência de que, mais de um ano após a data em que teria assinado a procuração para abertura da mencionada conta, precisamente em 14 de setembro de 2009, foi realizado o depósito de sua abertura no valor de US$ 980", acrescentou a defesa. Alves deixou o governo Temer em junho do ano passado depois de ter sido citado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, como recebedor de R$ 1,5 milhão em propina.

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