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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

MPF pede bloqueio de R$ 3,8 bi em bens de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS

Quarta, 08 de Fevereiro de 2017 

Foto: Agência Senado
O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (6) à Justiça Federal o bloqueio de até R$ 3,8 bilhões de Joesley Batista, sócio da J&F, grupo que controla a JBS e marcas como Friboi, Seara, Topper e Havaianas, e de José Carlos Grubisich Filho, presidente da Eldorado Celulose, também pertencente à J&F. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, para alcançar o montante, o MPF solicitou o empenho de ações de Joesley na J&F, bens particulares, recursos em conta corrente e aplicações. Também foi pedido o afastamento dos dois empresários do controle das companhias.  A medida foi apresentada como punição ao grupo por descumprimento de um acordo fechado em outubro de 2016: A J&F se comprometeu com o MPF, após ser alvo das operações Greenfield, Sépsis e Cui Bono, a indenizar os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal), que adquiriram participação minoritária na Eldorado. A compra de ações da Eldorado está sendo investigada pela Secretaria de Previdência Complementar (Previc), que abriu novos processos em janeiro deste ano. Segundo a PF, o negócio teria sido fechado com valores acima do que é praticado no mercado, causando prejuízo aos fundos. No final do ano passado, a Eldorado fechou um contrato de fornecimento de madeira com a sua concorrente Eucalipto Brasil, o que teria prejudicado os fundos de pensão novamente. O MPF acredita que o contrato foi uma manobra para "comprar o silêncio" de Mario Celso Lopes, que saberia de "ilícitos ocorridos na criação da empresa Florestal" – Lopes ajudou a fundar a Eldorado junto com Joesley Batista. Em 2012, aceitou vender sua participação para a J&F e assinou um termo de não concorrência por dez anos, mas em seguida montou a Eucalipto Brasil. O caso foi resolvido em novembro de 2015, com um acordo entre as partes. Um ano depois, a Eldorado fechou um contrato de R$ 190 milhões com a Eucalipto Brasil que, de acordo com o MPF, favorecia a empresa de Lopes, além de não ter passado pelo conselho de administração da Eldorado, que tem representantes dos fundos de pensão.

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