Quinta, 16 de Junho de 2016
Foto: Agência Petrobras
O acordo de delação premiada fechado entre Sérgio Machado e a Procuradoria-Geral da República (PGR) prevê que o ex-presidente da Transpetro deve devolver R$ 75 milhões aos cofres públicos e estipula que ele não deve ser condenado a mais de 20 anos de prisão, sendo no máximo três anos em regime domiciliar. Nesse período de três, anos ele deverá permanecer em casa por dois anos e três meses. Depois, poderá sair para prestar serviços comunitários. O valor em dinheiro corresponde ao montante que Machado recebeu em propina no período que comandou a subsidiária da Petrobras, entre 2003 e 2014. R$ 10 milhões desse total devem ser pagos até o final do mês. Os outros R$ 65 milhões até o final do ano que vem. Em sua delação premiada, Machado admitiu que intermediou o pagamento de propina para mais de 20 políticos de seis partidos. O dinheiro era pago por empresas com contrato com a Transpetro em troca de benefícios nos acordos com o órgão estatal. "Embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam, ao procurarem o depoente, que não obteriam dele doação com recursos do próprio, enquanto pessoa física, nem da Transpetro, e sim de empresas que tinham relacionamento contratual com a Transpetro", disse Machado na delação.
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