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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Político é condenado à prisão perpétua por corrupção na China

Quinta, 11 de dezembro de 2014


O ex-vice-chefe da principal agência de planejamento chinesa foi condenado à prisão perpétua, nesta quarta-feira (10), por participar de um escândalo de propinas, que expôs a corrupção em diversos níveis do governo e envolveu, inclusive, empresas como a Toyota e a Motor Corp. Liu Tienan, 60 anos, foi demitido do cargo de vice-chefe da Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma, uma posição com status de ministro, após a descoberta de seu envolvimento. Ele foi a primeira autoridade de nível ministerial a encarar uma investigação após o início de uma das maiores campanhas anticorrupção na China, promovida pelo líder do Partido Comunista, Xi Jinping, em 2012. Jinping promete caçar os "tigres" do alto escalão e as "moscas" em sua luta contra a corrupção que, segundo ele, ameaça o regime do Partido Comunista. O cargo de Liu lhe garantia o poder de estabelecer políticas para indústrias estratégicas, aprovar grandes investimentos, fusões e aquisições e, ainda, autoridade para influenciar os preços de diversos produtos, que podem ir de bebidas à gasolina. Em setembro, o vice-chefe confessou ter recebido propina de diversas empresas, incluindo da Toyota. Durante sua condenação, ele foi flagrado chorando, afirmando que está em "estado de remorso doloroso". "Cada pergunta e cada palavra tem, de fato, sido como um chicote batendo na minha alma", disse no tribunal.Seu crime "violou a integridade das funções dos trabalhadores da nação", segundo relato do juiz presidente da corte da cidade de Langfang, onde ele foi condenado. Além de Liu, seu filho Liu Decheng também foi acusado de ter recebido 35,6 milhões de iuanes (cerca de 5,74 milhões de dólares) como suborno para negociações com diversas empresas. Outro julgamento, realizado também nesta quarta-feira, mas sem relação com o caso de Liu, condenou o ex-gerente-geral da estatal Corporação Industrial e Agrícola de Baiyun à pena de morte por se envolver em casos de suborno e apropriação de 65 milhões de dólares. (UOL)

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